quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Rafael Roza"

Recebi ontem um comentário de um "Rafael Roza" bem diferente do que normalmente pinta por aqui. Ele dizia que eu "me achava". Este comentário foi deixado no meu relato da escalada do Vulcão Licancabur em março de 2010.

Bem, só posso dizer uma coisa Rafael: Nunca me achei nada, eu sei. Sei que sou um excelente profissional em qualquer lugar que trabalho, sei que sou Historiador, sei que sou um bom companheiro para minha mulher, e parceiro de quem chamo de amigo.

Fora isso, em relação a montanhismo em pequena, média e alta montanha, me considero um aspirante. Alguém que ainda tem muito a aprender. Deixo aqui um link de minha apresentação pros leitores, primeiro texto que publiquei no alta montanha assim que fui convidado para ser colunista (aconselho que você leia o texto):

http://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=2391

A partir de hoje, para evitar estes inconvenientes, volto a moderar os comentários.

Abrazos a todos

Parofes

sábado, 23 de julho de 2011

Fotos nunca publicadas - Escalada Mont Blanc 2010 (em P&B)

Fala pessoal,

Este fds estava de mala e cuia tudo preparado pra outra viagem mas não deu certo, a previsão do tempo sacaneou e decidi esperar mais uma semana, outra, e mais outra...Quando der, deu.

Então, na nostalgia do lar, estou olhando fotos antigas. Assim encontrei algumas bem bonitas que nunca publiquei, transformei em preto e branco e aqui vão. Espero que gostem.


Parte mais perigosa da escalada do Mont Blanc, o grande colo engarrafado.


Grande colo engarrafado e o Refúgio de Gouter mais acima.


Refúgio Tete Rousse visto da escalada do grande colo.


Agulha de Bionnassay (4052m) e o glaciar de Bionnassay.


E mais engarrafamento na escalada da Agulha de Gouter.


Agulha de Bionnassay (4052m) e o glaciar de Bionnassay.


Ski bunda, aqui vou euuuuu!


Crista pra lugar algum...


Mont Blanc de Courmayeur, Montanha mais alta da Itália. Visto do cume do Mont Blanc.


Agulha de Midi vista de uma rua de Chamonix


Abraços a todos

Parofes

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Antes tarde do que nunca: Pico Itaguaré.

Nem que seja em esquema bate-volta. Mas agora finalmente cheguei ao cume desta lindíssima montanha nacional.

Quando publiquei aqui no meu blog o relato de quando eu, Pedro e Camila fomos ao Marins, um rapaz gente boa o Bruno comentou e deixou convite pra passar por lá de novo. Oferecendo ajuda com transporte, pouso e até mesmo refeição.

Acabamos trocando diversos e-mails e fiquei de voltar lá ainda este inverno. Bem agora finalmente fui.

Fizemos assim, marcamos tudo por e-mail, falamos ao telefone uma vez e ficou tudo certo. Sexta-feira saí do trabalho direto pra rodoviária, chegando a Cruzeiro por volta de 22:40h. Direto pra estrada dali. Eu, ele e a esposa Shirlei. Levamos bastante tempo e chegamos na base do Itaguaré, final da travessia, lá pela 00:20h. Fazia bastante frio. Tirei o relógio do pulso enquanto montava a barrava pra medir a temperatura e antes de ir dormir era de só 1°C. Sabia que faria mais frio depois já que a pior hora é entre 04:00h e 06:00h, mas não esperava tanto...

Jantei uma lata de dobradinha, uma lata de rabada (ambas swift) e fui dormir enquanto o Bruno e a esposa ficaram conversando noite afora.

Acordei por volta de 06:20h doido pra urinar, mas o frio era tanto que ficar dentro do saco de dormir estava mais confortável. Enrolei até umas 06:35h quando já não dava mais pra segurar.

Saí da barraca e o inesperado: Geada. A barraca com uma fina camada de gelo consistente, não aquele gelo que derrete rápido ao toque, quando eu bolinava na barraca os pequenos cristais caiam no chão. Rapidamente peguei o relógio (que dentro da barraca marcava só 0.2°C e deixei do lado de fora pra medir.



Depois de três minutos medindo ele já marcava -3,4°C, quando fiz o vídeo. Depois de mais alguns minutos depois de feito o vídeo a medição continuou e ele continuou caindo, e estacionou em -5,3°C! Será que alguém registrou isso no dia???

Fazia um baita frio e eu não estava preparado (a sensação era de no mínimo -10°C), só tinha comigo o fleece, segunda pele e bermuda! E foi isso mesmo que usei pois era o que tinha, não fui preparado pra um frio desses pois não havia previsão pra isso. Aliás, o motivo pelo qual ninguém sabe é que ninguém monitora. A base do Itaguaré é muito isolada da civilização de Cruzeiro e Cachoeira Paulista. Apesar de ser apenas 15 ou 20 kms de estrada de terra da cidade parece muito mais, um pequeno bairro ali perto e mais nada.

Não existe uma antena de celular, uma antena parabólica, nada. Possivelmente aquela região tem temperaturas negativas repetidas vezes nos invernos e ninguém sabe pois não se registra nada.

Arrumei tudo, fiz o video e fotos e comecei a andar sozinho. A trilha é super batida então fui passeando sem ninguém pra me perturbar. Chegando na base do Itaguaré subi até o acampamento morena e de lá tracei uma linha reta pra chegar até a base do Itaguaré. A rota normal dele é da travessia, logo após o acampamento da base a trilha desce pra florestinha de bambus e cruza-a pra direita, contornando o Itaguaré pra lá. Em determinado momento, ela se divide e pra direita segue-se a travessia rumo Castelos e a esquerda é o ataque ao Itaguaré. Dali até o cume deve dar no máximo dez minutos.





Só que eu fiz diferente, descendo do morena pra base dele dei de cara com umas gretas na rocha sinistras, eu conseguia ver o chão a uns cinco metros abaixo e dava um medo danado pular de uma rocha pra outra, então procurei caminho feito doido até que consegui atravessar uma quicaça fdp até o outro lado, chegando às lajes de pedra bem na frente dele. Ninguém sobe por ali, é muito, muito ruim.

Cheguei do outro lado depois de meia hora de tentativas e cheio de mato nas botas. Dali comecei o trepa-pedra até que cheguei a uma fenda na rocha tipo diedro, pensei "Porra, que merda estou fazendo aqui???". Mas daí já era, voltar não era uma opção. Enfiei os braços na fenda que era acompanhada de alguns matinhos que me davam alguma estabilidade, consegui superar o trecho que dava algo em torno de uns cinco metros. Se eu caisse, era no mínimo uma perna quebrada...

No topo desa fenda peguei mais a direita até que encontrei a trilha normal por totens, seguindo cheguei até a base do cume.

Escutei falar tanto do "pulo do gato" e imaginei um inferno. De fato impressiona olhar pra baixo e ver aquela infinidade de exposição e a profundidade da fenda, mas poxa, dá pra passar andando sobre a rocha kkkkkk

Passei e logo pisei no cume. Pequeno, só cabe confortavelmente cerca de quatro pessoas, visual absurdo de belo de 360 graus com o Marinsinho e o Marins se edificando como montanhas alpinas bem perto! Que visual...Fiquei no cume quase uma hora e meia...sozinho, só curtindo o visual e a temperatura amena de vinte graus.



Agora era só descer, foi nessa hora que decidi descer pela rota normal e conheci a trilha correta. Não que eu tivesse errado na ída. Mas achei mais interessante fazer um ataque frontal do que seguir pela normal que é bem óbvia e meio entediante.

Na descida logo que cheguei ao acampamento em só dez minutos desde o cume encontrei dois amigos subindo. Depois quando atravessava o grande campo rochoso até o início da descida um trio, daí pra frente deu foi engarrafamento. Cruzei com bastante gente subindo só pra passar a noite na base do Itaguaré buscando o frio bom.

A descida foi muito rápida, cheguei de volta ao acampamento em só uma hora e vinte minutos. Reencontrei o Bruno e a Shirley, desmontamos tudo e pegamos a estrada.

Fiquei na rodoviária e o casal seguiu seu caminho, a esposa do Bruno com uma gripe coitada.

Da rodoviária fotografei o Marins, Marisinho e Itaguaré, esperei a hora do meu ônibus e voltei pra casa.

Foi uma viagem super rápida, mas que me tirou uma pendência de anos, culminar o Itaguaré. Montanha super bonita do nosso país e que faz parte de uma das cinco travessias mais tradicionais do Brasil, a renomada Marins - Itaguaré.

Fotos:























Abrazos a todos

Parofes

domingo, 17 de julho de 2011

Avaliação: Ecohead multifuncional

Bom dia pessoal!

Bem, pinto aqui novamente pra publicar uma avaliação de produto. Mais uma vez, quem forneceu o ítem para teste foi a Proativa.

Acesse o site - PROATIVA 21.

O produto que recebi do Marcus desta vez foi a EcoHead Multifuncional.


Embalagem EcoHead


Que produto massa!!! Bom vou explicar como conheci pela primeira vez a EcoHead. Na última Adventure Sports Fair fui com o Tácio e andando por lá vimos o stand do fabricante. O Tácio que tem cabelo grande sempre precisa de alguma coisa assim pra prender, principalmente em rocha onde se precisa de muita atenção. Cabelo batendo no rosto atrapalha. Não dei muita importância pra EcoHead na época, honestamente falando. Acreditei que pra mim não teria utilidade, mas na verdade minha visão foi simplista e reconheço.

Acabou que, por curiosidade do mundo que não pára de girar, ela foi vital pra mim ontem, quando fui ao Pico do Itaguaré de ataque e peguei um frio que não esperava, quase inacreditáveis -5°C na base a 1.530m de altitude. Com direito a geada e tudo. Vamos lá...

A EcoHead é 100% poliéster microlight, de secagem rápida, não desenvolve fungos, bactérias e nem acumula cheiro ruim de suor. É elástica então não se deforma com o uso. Tem diversas aplicabilidades como bandana, gorro, munhequeira, cachecol, prender o cabelo, máscara, testeira e outras mais...

Por que foi vital pra mim? Frio. Quem iria dizer que com essa massa de ar seco sobre o sudeste eu pegaria cinco graus negativos a 1.530 metros de altitude? Eu não acreditava que pegasse nem zero! Acabei pegando isso e não estava preparado, não tinha casaco, só fleece.


Vídeo comprovando o frio. Quando fiz o vídeo tinha acabado de tirar o relógio de dentro da barraca pra medir. Quatro minutos depois que fiz esse vídeo ele estacionou a medida em -5,3°C.


Sou crônico de garganta, mês passado tive pneumonia e ainda não me recuperei totalmente das tosses. O que eu faria pra proteger a garganta do ar gelado da manhã de ontem sem a ecohead e sem camisetas extras? Afinal era só um bate-volta na montanha.

Acabei fazendo uso da EcoHead imediatamente e amigos, salvou meu dia. Evitei com certeza uma recaída inflamatória com a proteção.

Olhem, fica a Ecohead extremamente recomendada pra todos. Não se esqueçam que é um produto barato (custa só R$ 24,90!), multi-funcional que pode resolver uma dúzia de problemas que você pode vir a ter na sua caminhada/ escalada/ pedalala/ malhação e etc, e é ecologicamente correto.


A EcoHead - Recomendado!


A EcoHead carrega consigo os selos:

> Conselho Brasileiro de Manejo Florestal
> Equivale a 2 garrafas pet de 2 litros recicladas
> Amigos do Planeta Terra

Acesse o site da EcoHead: http://www.ecohead.com.br/loja/


Parofes usa EcoHead no cume do Pico do Itaguaré. 2.334 metros. (agora como bandana - proteção contra sol!)


Agradeço mais uma vez ao Marcus e à Proativa pela oportunidade de participar dos testes. Deixo um grande abraço.

Abrazos a todos

Parofes

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Contradições de um grande parque nacional

Da primeira vez que visitei o Parque Nacional do Caparão na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, como comecei a subir a estrada a pé com duas mochilas em um domingo todos estavam indo embora. Por isso não pude fazer minhas observações sobre o parque e os visitantes. Desta vez foi extremamente diferente. Era um baita feriadão brasileiro de quatro dias, esperava ver coisas perturbadoras, mas não tanto quanto vi...

Começou pela chegada à portaria do parque (lado mineiro – cidade de Alto Caparaó), um número total de reservas de 1.298 (hum mil, duzentas e noventa e oito) pessoas. Não sei qual é a lotação permitida do parque por dia, mas achei o número bem elevado. Como eu não tinha feito reserva, quase fiquei de fora. Mas na hora “H” o jipeiro que me levava conversou com o guarda-parque e tudo se resolveu, ainda passei a frente de quem estava lá há mais tempo. Isso me propiciou reflexões:

1 – Sobre a lotação: Se existe um número máximo diário e já estava lotado como fui informado, no momento que cheguei à portaria minha entrada deveria ter sido negada terminantemente e não foi. Concluo que o limite de visitação não é respeitado. Ainda ficou caracterizada falta de respeito com as outras pessoas observada a ordem de chegada.

Uma vez na parte alta do parque, notei o uso excessivo de mulas para transporte de pessoas e de carga pesada. Vi mulas carregando todo tipo de carga e pessoas também, pessoas gordas. Vi um cara que devia pesar pelo menos uns 120 kg. Cacete?!!!

2 – Sobre o uso de mulas: O fotógrafo e colega Flavio Varricchio fez algumas observações muito importantes e parecidas com as que faço neste texto, na ocasião em que visitou o parque algum tempo atrás. Deixou uma sugestão no seu texto, que a carga das mulas fosse regulamentada, restrita para evitar os maus tratos aos pobres animais. Boa iniciativa Flavio, mas eu penso que não deveria ser reduzida a carga e sim PROIBIDA. Sabem por que penso assim? Se estabelecerem uma carga, ela obviamente não será respeitada e a infração vai se caracterizar. O Brasil é um país que tem mestrado em fazer leis, entretanto tem doutorado em não cumprir as leis.

Que tipo de administração é esta que zela por um parque nacional cuja premissa maior deve ser preservação da fauna, flora, e animais, e permite este abuso aos pobres? Não entendo como forçar a pobre da mula a carregar peso e gente preguiçosa ou obesa até lá se qualifica como preservação. Está mais pra depredação. Deixei o parque com um aperto no coração vendo as pobres mulas carregando ociosos urbanos pra cima e pra baixo. O desgaste dos animais é visível, feridas, ossos quase expostos, pelagem sofrível, desidratação e cascos apodrecidos.

Talvez aqui (acredito que no mundo todo) exista uma cultura de senso comum que diz que animais como cavalos, mulas e yaks são utensílios, vez que são utilizados há muito tempo pra transporte de carga e pessoas. Por que ninguém faz isso com canídeos e felinos? Está errado! Os animais não estão aqui para nos servir.

Uso de mulas no Brasil é fora da realidade de montanha. Não sofremos nada em relação à hipóxia, sequer sentimos isso aqui. Nos Andes as pessoas usam mulas para altitude, no Himalaia usam Yaks, e eu discordo da mesma forma. Acredito que se o homem quer desafiar seus próprios limites deve levar o que é seu e não deixar nada além de pegadas. As mulas andinas trabalham e lá ainda existem carregadores de altitude. O mesmo nas montanhas mais altas do mundo na Ásia, mas aqui? Pra que isso? É absurdo. Absurdo.

Vi também turismo praticado de forma errada (mais ainda). Muitos jovens fazendo baderna, com bebidas alcoólicas (apesar de ser expressamente proibido no parque), muito lixo no chão e nas trilhas principais (recolhi luva cirúrgica da trilha do Bandeira que apareceu de um dia pro outro), e acreditem, até mala de rodinha em acampamento de montanha.

3 – Não me importo se turistas freqüentarem ambiente de montanha. Pelo contrário, é importante que visitem e vejam a beleza que possuímos. Quem sabe assim não se contagiam de sentimento de respeito e preservação? O problema é: Quer fazer? Faça direito.

Use equipamento apropriado. Compre uma barraca decente e não as porcarias que vendem em mercado que não agüentam nem sopro de boca. Use mochila e não mala de rodinha em acampamento de montanha! Não use mulas, carregue sua própria carga. Não agüenta carregar tudo? Divida com seus amigos, separe a barraca em varetas, sobre-teto e a barraca, estacas, e cada um carrega um pouco. Não alimente os animais. Jogue lixo dentro da lata adequada e tampe. Quer conversar com seus amigos? Converse em voz baixa principalmente à noite, respeite o direito dos outros de dormir e gozar da mesma tranqüilidade que talvez você mesmo tenha ido buscar.

Vi até alienígena lá, mas não vi nenhuma destas coisas. Vi tudo errado. Vi mulher subir de bota da moda de couro sintético e cor-de-rosa, cachecol cor-de-rosa, casaco cor-de-rosa, e depois na descida uma dessas madames teve que ser resgatada de maca e tudo.

Irônico. Enquanto andei pelas áreas permitidas só vi cagada, besteirada e erro de postura. Enquanto andei em área não permitida fiquei absolutamente só, não encontrei nem um pedacinho de sujeira deixada na montanha e nem uma depredação. Ninguém gritava ao meu lado e tive papo agradável com o grupo gente boa que conheci (que, aliás, eram alguns dos poucos montanhistas que estavam no Caparaó no feriadão em questão). Foi descer a montanha pra chegar ao acampamento normal, Terreirão, e encontrei na trilha uma luva cirúrgica que não estava ali na tarde anterior quando subi. Felizmente tive duas testemunhas que me viram recolhendo o “lixo hospitalar”. Um casal de idosos que passava subindo.

Acredito que a própria natureza, dentro do nosso universo de observação representada pela montanha, se encarrega por si só de filtrar quem pisa, supera e respeita. Se não existisse o advento do abuso do animal pra carregar os preguiçosos até lá em cima, a natureza se encarregava de impedi-los pois não teriam condições físicas de fazê-lo.


Parofito e pequeno Bat - Trekkers conscientes.



Mala de rodinha em ambiente de montanha? NÃO!!!!!!!


Os guarda-parques que andam pelo Terreirão só se preocupam com a limpeza, só isso. Não fiscalizam nada, e creio eu que, como guarda-parques, deveriam ser instruídos a verificar equipamentos dos usuários do parque: barraca, saco de dormir e isolante pelo menos. Assim evitam um trabalho posterior de ir resgatar alguém que subiu despreparado e acabou tendo hipotermia. O inverno mal havia começado dois dias antes e na segunda noite que dormi lá no Terreirão deu mínima por volta de duas e meia da manhã de -2,6°C. Suficiente pra matar algum brasileiro despreparado.

No Parque Nacional Lanin todos os seus equipamentos são verificados pra que sua escalada seja autorizada. E a ascensão ao Lanin pela rota normal tem nível técnico baixo. Você precisa literalmente esvaziar sua mochila e exibir tudo. Por que isso não acontece no Caparaó? Até no Itatiaia já há algo parecido, caso você vá ao Agulhas ou Prateleiras é exigida na entrada equipamento mínimo como cadeirinha, mosquetões e vinte metros de corda pra quem guia o grupo.

Respeito é bom e todo mundo gosta. Principalmente a natureza. Quando você não segue o protocolo, coisas tristes acontecem se ela cobra o preço (as vezes o preço máximo) como nos casos abaixo:

http://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=1611

http://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=796

http://altamontanha.com/altamontanha/noticias/noticias_id=37734.asp

http://www.altamontanha.com.br/colunas.asp?NewsID=2975

Faça trekking com responsabilidade, escale com responsabilidade, respeite para ser respeitado. Em relação à direção do Parna Caparaó: Ineficiente, incoerente.

O nosso portal tem uma frase extremamente importante mas que as pessoas sequer notam: “Atenção!!! O Portal AltaMontanha.com alerta que as atividades de montanhismo são adrenantes e viciam logo ao seu primeiro uso. Os perigos existem, principalmente quando os limites não são respeitados, porém é uma atividade muito segura se praticada com moderação, consciência e respeito à natureza!

Abrazos a todos, vou pra montanha.

Parofes

domingo, 10 de julho de 2011

Bate volta até Itajaí - SC

Final de semana de muita estrada e pouca montanha. Eu, lili e o pai dela fomos de carro até Itajaí, Santa Catarina, visitar o irmão dela, meu cunhado, Bruno. A esposa dele, Lara, está grávida. Então dentro de mais dois meses vamos ser tio e tia.

Quase dez horas de carro pra ir e pouco mais de oito pra voltar. Dormimos só uma noite na cidade e o frio foi merreca, mínima de 9 graus, decepcionante.

Pelo menos levamos um monte de presentes pro futuro pimpolho (é menino) e pude observar montanhas lindas no sul do Paraná, quase fronteira com Santa Catarina. Não conhecia nenhuma delas nem de vista nem de nome, mas fiz filmes curtos pra publicar aqui e ver se alguém conhece pra me dizer.

Algumas impressionam pela beleza...região muito bonita mesmo!

Além disso, como erramos uma parte da estrada na ída, acabamos passando por Matinhos, cidade muito legal e bonita. De lá atravessamos de carro na balsa pra Guaratuva com um visual fantástico e seguimos viagem.

Não foi um final de semana na montanha, mas valeu pra ver muita montanha bonita!

Na volta ainda vi uma coisa triste. Um baita incêndio acabando com o Capivari. Em um ponto o fogo chegou até a BR e as chamas chegavam a cinco metros de altura. Triste...no dia anterior não vimos nada, foi de sábado pra domingo.

Alguns vídeos...













Se alguém souber o nome desas belezas, me avise!

Abrazos

Parofes

terça-feira, 5 de julho de 2011

Teste de refeição: Liofilizado Sublimar

Pouco tempo atrás recebi da Sublimar Liofilizados uma refeição completa pra teste. Demorei um bocado pra fazer a avaliação porque demorei muito pra ir a montanha. Agora finalmente pude fazer a comida e provar no Parna Caparaó.

Pra quem não sabe, a Sublimar Liofilizados é o segundo fabricante brasileiro a surgir no mercado, o que é muito bom pois começa a gerar competitividade de preço com a concorrência.

Para teste, recebi um pacote de refeição: Creme de abóbora com músculo, além de uma sobremesa, um pacote de banana nanica liofilizada.

A apresentação da embalagem não é tão bonita quanto a concorrente liofoods, mas apesar de isso não importar muito pra mim, pode ser que outro consumidor se importe e opte pelo mais bonito. Na verdade eu acho que isso não tem nada a ver. O que importa é o conteúdo.

Sobre a refeição: A consistência é realmente muito boa, adicionei a quantidade de água indicada e aguardei o tempo sugerido. O sabor (talvez por ser creme de abóbora - não gosto de abóbora) não era lá essas coisas. Não entendam como ruim, absolutamente, só era um tanto quanto nulo. Adicionei uma pitada de sal e a coisa mudou completamente. A refeição foi agradável e a carne bem saborosa!





Sobre a sobremesa: Apesar de a refeição ter deixado um pouco à desejar pelo tempero, a banana me surpreendeu. Excelente! Sabor quase inacreditável de tão bom. Sem sombra de dúvidas eu compraria o produto para consumo em montanha. O melhor é que este tipo de liofilizado não necessita ser "re-hidratado", basta comer como se fosse um biscoito.

Video do teste da refeição:


Deixo aqui o contato da empresa:

Acesse o site da Sublimar
Marilda Fabiano de Almeida Pina
Sublimar Produtos Liofilizados Ltda.
Fone/fax: (15) 3259-1196 – cel. (15) 9702-6964
e-mail.: sublimarproduto@uol.com.br

Lista de produtos e preços: http://www.4shared.com/document/5kGhlrYi/Precos_produtos_17jan11.html

Abrazos a todos

Parofes