segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Montanhas esquecidas do PNI: Um final de semana de cunho exploratório no primeiro Parque Nacional do Brasil.

Prólogo

Desde 18:00h que estou no Terminal Rodoviário Tietê, acabei chegando cedo novamente e tenho quase cinco horas para “matar tempo” aqui.
Ando feito barata tonta para um lado e para o outro desenvolvendo reflexões mil. É engraçado como as pessoas me olham, basta ter duas mochilas nas costas para despertar os olhares dos curiosos, e quão curiosos eles podem ser!

Recebi duas ligações da lili e falamos alguns minutos, ela me contou que ganhou de cortesia dois ingressos com lanche e tudo mais para o cinema! A próxima semana tem divertimento garantido!

Sentei um pouco em uma cadeira e como são as coisas...Sempre acreditei que mochileiro atrai mochileiro. Por acaso havia um casal de mochileiros ingleses (Londres) sentados ao meu lado, aparentemente sentei-me sem notar (ouvindo música – orquestrada – me desligo do mundo e procuro navegar no incrível imaginário que a sonoridade me proporciona). Batemos um rápido papo e eles partiram rumo ao Rio de Janeiro.

Mudo minha atenção à leitura me desligando um pouco da música. Um “gps de pobre” que organizo antes de viajar, alguns textos sobre as montanhas que eu gostaria de visitar neste final de semana, algumas folhas impressas de relatos sobre os locais. Alguns dos objetivos, mesmo que seja somente para fotografa-los, só encontrei um único e curtíssimo registro. Me foi indicado pelo Nilton Ueda (GPM) que consultou um pequeno apanhado de fotos feitas pelo pessoal do CEU em 2004!

Noto que uma senhora me olha atentamente reparando a bandeira da Bolívia em meu Fleece. Me pergunta em espanhol se sou boliviano. Respondo negativamente, e que a bandeira estar em meu peito é uma pequena demonstração de adoração ao país vizinho. Isto parece cortar o interesse pelo papo e ela encerra por ali mesmo.

Estes desejos de montanha pesquisados são quatro cumes conhecidos (ou não) como Serrilha dos Cristais, ou Agulhas do Couto.

Durante a última visita ao Itatiaia (quando fomos eu, Edson, Victor, Tácio e Paulinha) vimos estas formações (que são as mais pontiagudas de todo o parque) da estrada para Engenheiro Passos e ficamos bastante curiosos. São lindos, e esquecidos pela comunidade montanhista. Ninguém os visita, pesquisei por horas e de fato o único registro que encontrei online foi o do CEU. Sequer sei sobre a necessidade de equipos de escalada para chegar aos cumes, ficarei satisfeito apenas em poder fotografa-los.

Algumas pessoas me observam com olhares que, em certas ocasiões, transparecem precisamente o que pensam! Pode ser que eu esteja enganado, mas um homem de seus 40 ou 45 anos me olhou e pensou “Tem doido pra tudo mesmo”. Por que será que eu concordo plenamente?!
Blá blá bla, chega de enrolação, vou subir no ônibus e tentar dormir um pouco até meu destino...


Dia 1: Sábado, 29AGO2009.

Um amigo do Toninho Baiano me deixa na portaria do Parque as 05:55h da matina. Ainda é bem cedo, olho para o relógio da portaria e a temperatura marcada é de –0,7°C. Quando tiro a máquina para fotografar já havia subido um pouquinho, -0,4°C. Noto que há geada no mato e começo a fazer fotos. O campo de altitude a esquerda da estrada estava lindo, todo branco! Me ocupei fazendo fotos por um bom tempo, então chegou um carro com 2 amigos mineiros, e começamos a papear. Me pediram informações sobre o AN e ajudei como pude. Dei também algumas dicas de outras montanhas e ficamos lá proseando até o guarda-parque chegar, quase sete da manhã.

Me registrei, papeei mais um pouco, deixei a mochila maior na portaria e entrei no parque as 07:10h. Logo no começo da caminhada vi bastante gelo no charco a direita, pareciam mini penitentes (risos) , cristais de gelo com 3 a 5 cms de altura um ao lado do outro, formando uma verdadeira sinfonia branca reluzente! Fiz um vídeo, algumas fotos, voltei a andar.

Meu primeiro objetivo seria a montanha de 2.600 metros exatamente a frente do Abrigo Rebouças. Peguei a trilha pro Agulhas, entrei na bifurcação da extrema esquerda (a do meio segue para a Asa de Hermes) e depois de mais um tempo saí dela para fazer um ataque ao cume esquecido e imponente. Cheguei ao cume facilmente, meu suunto marcou 2.620 metros, ajustei para a altitude correta. Retornei a trilha principal rumo ao Altar, segundo objetivo do dia.

Fiquei curioso do motivo pelo qual várias montanhas no Parque Nacional do Itatiaia com mais de 2.500 metros nem sequer são nomeadas! Justiça seja feita por elas, meu objetivo é prestigiar estes cumes deixados de lado.

Meia hora depois e cheguei ao cume da Pedra do Altar e seus 2.665 metros. Suas paredes impressionam pela beleza, e a vista, tira o fôlego!

Fiz algumas fotos e pronto, não fiquei nem quinze minutos no cume, pensava quase que exclusivamente no próximo objetivo e mais complicado de todos, a Pedra do Sino de Itatiaia.

Do topo da Pedra do Altar é possível ver a Pedra do Sino claramente logo após a montanha sem nome (2.650 metros) que eu e o Edson subimos ano passado. Já cheguei ao parque sabendo que o único jeito é contornar esta montanha chegando então na base da pedra, iniciando o ataque pelas rampas.

Pois bem, o teimoso aqui resolveu traçar uma linha reta entre o Altar e o Sino e segui-la, uma travessia. Teoricamente funcionaria e me pouparia preciosas horas de caminhada. Lá fui eu. Desci do cume do Altar em linha reta pro Sino, observando que o trepa-pedra da montanha sem nome faz uma espécie de ponte entre as duas (Sem nome <–> Sino).

Desci todo o vale com 180 metros de profundidade e, cerca de 30 minutos após estava nas pedras da montanha sem nome. Se a travessia funcionasse, eu sequer precisaria chegar em seu cume. A ligação dela com a Pedra do Sino me deixaria já na metade da subida da montanha.

Cheguei no “V” de pedras que me daria visão ao outro lado do vale que separa as duas montanhas, passei, me adiantei um pouco e BUM: PAREDÃO. Que inesperado...Assim, resolvi ir mais lateralmente (sentido Asa de Hermes) para ver se o elo existia por lá. Várias dezenas de minutos depois e BUM: PAREDÃO. Mas que xxxxx!

Resolvi tentar mais uma vez. Observei atentamente e tinha quase certeza, do cume da montanha havia uma descida e fui, chegando assim ao terceiro cume do dia, a montanha de 2.650 metros, pela segunda vez, esta em plena tentativa de ataque a Pedra do Sino.

Comecei a descer por trás do cume, a Pedra do Sino praticamente piscava pra mim de tão próxima até que de repente: BUM: MAIS UM ABISMO!!!

Um é pouco, dois é bom, três é demais. Desisti. Minha decisão de tentar cortar caminho fazendo uma travessia foi completamente infeliz, gastei muita energia e durante a descida do vale rolei uns 5 ou 7 metros depois de pisar em falso. Decidi voltar para o outro objetivo do dia sem sucesso na Pedra do Sino (pelo menos agora tenho certeza do caminho), o Morro da Antena.

Esta viagem ao Itatiaia tem como objetivo montanhas esquecidas ou ignoradas certo? Ninguém sobe o morro da antena só porquê ele tem uma antena no topo e uma estrada que leva até lá. Aliás, é a estrada mais alta do país.

Qual foi a minha idéia? Subir a montanha como manda a conduta montanhista, mato a dentro. Da estrada do parque entrei no mato para um ataque meio que frontal. Quando estava no meio da montanha fui tendenciando para a esquerda e deu certo, em quarenta minutos cheguei ao cume do Morro da Antena, com 2.585 metros.

Aí já estava cansado, tanto sobe e desce no mesmo dia não é mole não. Uma pausa para fotos: Pensei que seria possível observar a Serrilha dos Cristais de lá, me enganei. Entretanto, a visão da Serra Fina é “animal!”, próprio Massena Noroeste e o Massena ficam bem mais atrativos vistos de lá de cima. Pausa também para o almoço: Uma lata de atum, suco de uva, dois prestígios e 4 ou 5 bananadas, vinte minutos depois e comecei a caminhada de descida, agora sim pela estrada.

Cheguei na portaria do parque as 14:30h! Super cedo pra tanta atividade. Me despedi dos guardas e comecei a descer pela trilha que corta caminho até quase o Alsene. Quando saí da trilha me dei conta que havia esquecido a mochila maior na portaria! Que banho de água fria...Comecei a subir de novo, já bem cansado e com o joelho doendo. O sol estava implacável e meu relógio marcava 32°C.

De volta a portaria peguei a mochila, e o guarda (que já me conhece faz tempo) me ofereceu carona de moto até o Alsene, nossa, que alívio! Em 3 minutos me deixou lá. Cansado, esfomeado, tratei de montar a barraca no mesmo bat-local, e colocar um risoto no fogo, precisava muito de um prato de comida!

Tudo pronto, alimentado, cochilei por meia hora. Acordei com meu vizinho (o único lá atrás) desmontando sua barraca. Não sei o que houve neste final de semana, o Alsene estava surpreendentemente vazio. Com a minha barraca eram somente 3 no camping inteiro! Depois da saída deste vizinho, fiquei completamente só lá no fundo.

O sol começou a se por então subi o Camelo, quinta montanha do dia, para fazer algumas fotos do pôr do sol, foram só umas cinco mas valeu! Fiquei lá por uns vinte minutos curtindo o frio bem fraco, depois voltei a minha barraca me ocupando em escrever este relato. As horas foram passando, voando, bateu um tédio, uma nostalgia...Acho que de vez em quando o ser humano precisa da presença de ser humano. O frio que foi bem forte na noite anterior decepcionou novamente, a mínima que registrei foi de 5°C positivos, sequer fechei meu saco. Foi um dia quente demais, queimei os lábios...de novo!

As 20:00h olhei para a lata de 850 gramas de feijoada swift e não resisti. Fogareiro trabalhando e dez minutos depois me deliciei com a lata inteira! Bebi suco de uva, e de sobremesa mais 2 prestígios. Este final de semana definitivamente fui uma formiga! Depois desta comilança toda, apaguei por volta de 21:00h.

Dia 2: Domingo, 30AGO2009.

Acordo preguiçoso as 06:30h, tarde demais para fotos do nascer do sol. Não acordei muito disposto, dores nas costas causadas por um dos bujões de gás mal posicionados dentro da mochila que usei pra caminhar no dia anterior (a outra mochila não tinha espaço então objetos pequenos estavam na minha mochila de ataque comigo o tempo todo), além disso crise de rinite alérgica. Mesmo assim, saí da barraca depois de um tempo pronto para minha tradicional foto do tapete de nuvens sobre o vale do Paraíba, e os primeiros raios de sol sobre a Serra Fina.

Durante a descida encontrei novamente os dois amigos mineiros subindo a estrada. A intenção deles era ir ao Couto, eu disse a eles que vista por vista eu achava melhor a da Pedra Furada e, além do mais, é de graça!

Aceitaram a idéia rapidamente e me pediram dica de como chegar lá. Enquanto eu dava as dicas os observava. Não são acostumados com a atividade, pais de família com idade e acima do peso, achei mais prudente me oferecer para leva-los até lá. Me ofereci e ficaram felizes aceitando quase que saltitantes. Tenho este atrativo quase que incontrolável por pessoas simples, me fazem bem!

Subi na caçamba da Strada e de volta ao Alsene eles se prepararam para a caminhada. Começamos a caminhar bem cedo, 07:20h.

Em um passo bem calmo fomos evoluindo, Tercilio tinha 52 anos e uma barriga invejável de nível profissional (risos). Ivo não estava acima do peso, mas tinha cerca de 40 anos e um joelho detonado por acidente de moto há menos de sessenta dias. Até o Dudu (cão do Alsene que sempre brinca comigo) foi conosco!

Confome ganhávamos altitude eles ficavam boquiabertos com a beleza da vista, estávamos na metade do caminho e já me agradeciam! Eu respondia: “Vocês não viram nada ainda, esperem até chegarmos no topo da montanha!”

Chegamos no cume da sexta montanha do final de semana as 08:40h e, como eu esperava, ficaram literalmente endoidecidos pela vista de 360° que a Pedra proporciona. Gostaram tanto que não queriam descer. Tirei dúzias de fotos pros dois, apreciamos a vista, apontei e identifiquei várias montanhas pra eles, fizemos um lanche, conversamos...Sempre acompanhados pelo Dudu! Foi um verdadeiro cão guia! O mais curioso é que as vezes ele se adiantava muito e quando percebia que não estávamos acompanhando seu passo parava, olhava para trás, e nos esperava! Dá pra acreditar? Risos...

Depois de longos 40 minutos no cume da Pedra Furada de Itatiaia começamos a descer. Durante a subida admirei uma montanha que fica bem a frente da Pedra Furada, bem imponente por sinal, de uma encosta bem proeminente e verde. Decidi fazer um ataque pelo lado Oeste da montanha com a intenção de observar mais de perto a montanha aguda que o Edson avistou quando subiu a Pedra Furada semanas atrás.

Deixei meus companheiros na trilha e entrei no mato atravessando o vale entre as duas montanhas. Rapidamente passei pelo que sobrou da casa que há no vale, fotografei (infelizmente a foto ficou ruim) e continuei.

Não há trilha para esta montanha, mas como a vegetação é rasteira, a orientação visual é fácil a todo tempo.

Após 30 minutos cheguei ao cume, onde infelizmente há uma cerca de arame farpado (se desintegrando aliás). Fiz as fotos que queria, olhei o visual, e como parte de meu plano de exploração, passei cerca de vinte minutos colhendo pedras e estabeleci um totem de cume para a montanha.

Tripé no chão, dez segundos depois e eu tinha uma foto de cume na montanha sem nome (ou não, não sei), sétima do final de semana, que registrei ter 2.530 metros de altitude.

Infelizmente fiz algo de errado com as fotos tiradas por lá, algum erro de configuração na máquina e todas ficaram ruins! Que coisa...Para minha tristeza só pude ver quando cheguei em casa, na máquina pareciam perfeitas.

Enfim, voltei para a trilha, reencontrei os mineiros, continuamos a descer. Já no final da descida passou por nós um grupo de oito pessoas com um guia, iam rumo a Pedra Furada e sua invejável vista.

Rapidamente chegamos ao Alsene. Pedi a tradicional coca-cola, paguei a diária e o Tercílio me ofereceu uma carona! Agradeci é claro pois o táxi custa muito caro, leva-los lá me poupou R$ 90,00! Me disseram que era pouco pelo que fiz por eles, o próprio Tercilio completou: “Nunca fui a um lugar tão bonito como essa montanha, vou voltar e trazer minhas filhas!”.

Fiquei feliz com o que ele disse, foi gratificante! Melhorou mais ainda, me perguntou onde eu iria e respondi que em Itamonte já estava bom, de lá eu pegaria o ônibus até Itanhandú e de lá um para São Paulo.

“Que nada Paulo, te deixo lá em Itanhandú na rodoviária!”. Que maravilha!

Descemos com calma, e ainda paramos para fotografar a Pedra do Picú bem chamativa com seus 2.151 metros de altitude, sua via de escalada tem 120 metros de 5° grau!

Nos despedimos na rodoviária, seguiram viagem e eu fui no mesmo lugar que comi com a lili em maio para almoçar. Comida mineira na barriga, comprei passagem para São Paulo e lá fiquei sentado trabalhando no relato.

Apesar de não concluir tudo que queria, fiquei muito satisfeito com o final de semana e com os cumes que pisei:

1 - Pico sem nome, diretamente a frente do Abrigo Rebouças – 2.600 metros
2 – Pedra do Altar – 2.665 metros
3 – Pico sem nome vizinho a Asa de Hermes, segunda vez – 2.650 metros
4 – Morro da Antena – 2.585 metros
5 – Morro do Camelo (de novo rs) – 2.410 metros
6 – Pedra Furada de Itatiaia – 2.589 metros
7 – Pico sem nome a frente da Pedra Furada de Itatiaia – 2.530 metros. (totem de cume estabelecido)

O título do relato poderia ser “de 7 em 7 (...)” mas preferi me ater ao proposto mesmo! (risos)

Feriadão vem por aí e, se o tempo permitir, com ele mais uma aventura!

Fotos (estréia da máquina nova: Sony dsc-h20):


Pedra do Sino de Itatiaia. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe!



Dois gigantes brasileiros: A esquerda o Morro do Couto (2.680 m) e a direita ao fundo a Pedra da Mina na Serra Fina (2.798 m), vistos do cume da Pedra do Altar.



Pico Prateleiras visto do cume da Pedra do Altar.



Geada cedinho!



Esta foi minha foto de cume no Altar he he he



Pedra do Altar a esquerda (2.665 m) e pico sem nome a direita (2.600 m)



Consegui fotografar a Serrilha dos Cristais, só foi possível ve-la desde o cume da Pedra Furada! usei 9x de zoom.




Pôr do sol na Serra Fina desde o cume do Morro do Camelo.



Este é o pico sem nome vizinho da Pedra Furada, onde estabeleci um totem a 2.530m.



Pedra da Coroa, escondida pelo Agulhas Negras, quase ninguém nota seus 2.640 metros de altitude!



Dudu no cume da Pedra Furada conosco! Este é companheiro he he he



Céu absolutamente azul, e a Lua já por lá as 14:00h desde o cume do Morro da Antena!



Esquerda para a direita: Pedra do Sino (2.670m), Pico sem nome (2.650m), Asa de Hermes (2.642m) e encosta do Agulhas Negras.



Esquerda para a direita: Pedra do Sino (2.670m), Pedra do Altar (2.665m), Asa de Hermes (2.642m), Agulhas Negras (cume mais alto a 2.792m) e Pedra da Coroa (2.640m). Vistos do cume do Morro da antena.



Se alguém souber o nome me diga, este passarinho é lindo!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pensamentos de montanha.

Pessoal,

Ontem eu estava pensativo demais. Eis que depois de comer uma feijoada de jantar pensei em fazer um video novo, este com uma seleção de fotos que fiz até hoje.

Como o próprio nome já diz, é uma seleção. São pouco mais de 50 fotos que mais gostei de registrar nas minhas viagens. Deixei algumas viagens de fora, portanto pode ser que eu faça um segundo vídeo em algum momento mais adiante, não sei.

O importante é que eu deixo uma mensagem subliminar para conscientização coletiva, uma esperança de que o risco de não ver mais estas beldades da natureza possa vir a ser algo tão insuportável, que deixe as pessoas tão tristes quanto eu que prefiro não ter um carro. Andar é mais saudável e não polui.

Para ilustrar melhor meus pensamentos indico 2 documentários:

> "Can we save planet earth?" produzido pela BBC de Londres.
> "An inconvenient truth" dirigido pelo Al Gore ("ex-quase presidente" norte americano)



Um vídeo feito pela máquina digital pode ser visto novamente, um "replay", mas uma foto eterniza aquele momento.

Abraços a todos!

Paulo

domingo, 23 de agosto de 2009

Tempo ruim, chuva, resultado: Ginásio

O próprio título já deixa claro.

A idéia do final de semana era ir ao Paraná novamente, mas essa frente fria tornou o inverno mais molhado dos últimos 70 anos mais molhado ainda, então a saída foi clara: 90 graus. Assim o ferrugem é adiado um pouquinho mais.

Fomos eu, Edson e um amigo dele, o Caio.

Não há muito o que escrever então, fotos:


Eu no começo de uma via 4b.




Eu no final de uma via 5a que tem um teto alucinante!



Segura aí maluco!



Edson na mesma via 4b, Caio na segurança.



Caio em outra via 4a+4b.



Eu na primeira tentativa de um 5c chegando ao teto.



Passando pelo teto do 5c, logo depois dele caí!


E foi isso aí (risos)...Sem muita inspiração pra escrever hoje!

Abraços a todos!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Video última visita ao PNI

Sei que é meio clichê fazer vídeos das viagens, mas não ligo pra isso!

Acredito que o mais importante é tentar dar uma goribada nas lembranças dos melhores momentos, ou pelo menos em momentos que podem explicar como é bom ser montanhista e, ter o privilégio de simplesmente poder observar paisagens que muita gente as vezes nem sequer sabe que existe no Brasil. Um vídeo é uma ótima ferramenta para isso.

Então, contando com a autorização dos quatro parceiros que eu tive na última visita ao Parque Nacional do Itatiaia, aí vai o link para o vídeo:

PNI 1 e 2 de agosto de 2009.

Abraços

Paulo

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

De 6 em 6 o montanhista enche o papo (mais ainda)!

Como as coisas são engraçadas, passei os últimos dez dias com uma investida ao Pico Marins marcada com o Leandro Totino, mas em cima da hora desistimos de ir porque o carro dele não conseguiria subir a estrada (provavelmente repleta de lama por causa do volume de chuva dos dias anteriores).

Nesta mesma semana recebi um e-mail do Tacio www.tacio.com.br me dizendo que iria ao Itatiaia. O convite incluía duas vagas no carro e assim, fomos eu e o Edson com Tacio, Paulinha e Victor http://victorcarv.blogspot.com para a minha segunda casa, o PNI!

Chegamos no Alsene bastante tarde, já na madrugada. Rapidamente todos montaram suas barracas e nelas ficaram. É claro, eu e Edson já fomos dormir com a intenção de amanhecer no Morro do Camelo para tentar algumas fotos do nascer do sol. Foi isso que fizemos por volta das 05:30h.

As cores que pegamos nas fotos lembraram muito, mas muito mesmo as que vimos há dois meses atrás em Monte Verde/MG. Sensacionais...mesmo sem ter ângulo para pegar o nascer propriamente dito (visto do Camelo o sol nasce logo atrás do Massena Noroeste), ainda conseguimos dezenas de fotos com um verdadeiro espetáculo de cores. Olhando para trás, víamos a Serra Fina com um céu simplesmente cor de rosa! Mais um bocado de fotos...

Depois de uma bela seqüência de fotos descemos do Camelo de volta ao camping. Todos ainda estavam em suas barracas então eu e Edson, ainda pirando nas fotos que havíamos acabado de fazer, fomos desmontando a barraca e arrumando tudo pra depois esperar os outros. Pouco tempo depois Victor acordou, Tacio e Paulinha também. Todos rumamos para a portaria do parque, nos registramos e, de carro fomos até o Abrigo Rebouças onde partiríamos para nosso primeiro destino da viagem após o café da manhã: Asa de Hermes, uma formação rochosa esculpida a 2.642 metros de altitude, bem ao lado do início do maciço Agulhas Negras.

O tempo estava relativamente bom. A previsão finalmente acertou e as nuvens eram poucas, nem um sinal de proximidade de chuva. Fomos aproveitando ao máximo e fotografando qualquer oportunidade que pintava de um bom click. Em menos de duas horas chegamos na Asa. Sensacional aquela rocha! Foi muito gratificante pra mim em particular chegar lá, pois já havia tentado por duas vezes mas não encontrava o caminho correto. Edson também ficou bem feliz e ficou alucinado nas fotos que conseguíamos tirar por lá!

Tácio, Paulinha e Victor também ficaram felizes por chegarmos lá com incrível facilidade, levando em consideração que poucas pessoas visitam a rocha. Tivemos uma surpresa agradável quando lá chegamos. Um livro de cume foi estabelecido pelo Grupo Excursionista Agulhas Negras www.grupogean.com em visita a montanha no dia 31MAI2009. O relato da visita pode ser lido no site do GEAN. Desde então, ninguém visitou a Asa de Hermes ou, se o fez, não assinou o livro. Fomos os primeiros!

Bem na base da rocha há uma fenda onde dá uma boa pegada. Mas para subir lá é preciso dar um pulo, ou escalar a pequena via. Só a Paulinha não subiu. Eu, Edson, Tácio e Victor não resistimos e subimos a rocha e lá foram mais fotos! O vento era animal, acredito que cerca de 60 ou 70 km/h e, enquanto na via normal de subida da montanha fazia cerca de 10°C, a sensação térmica ali na base da rocha já era bastante baixa, mas no topo dela sem dúvida era de pelo menos –1°C ou –2°C!

Felizes pelo sucesso na primeira investida em curto espaço de tempo, começamos nossa descida. Logo no vale que separa a Asa do Agulhas encontrei no chão uma flauta que parece ser antiga, e nela há uma Lhama entalhada! Coloquei na mochila do Edson e continuamos direto com pouquíssimas paradas até o Abrigo Rebouças. Chegamos lá exatamente 13:45h e decidimos recomeçar a caminhada as 14:00h em direção a Pedra Assentada. Um rápido lanche, Tácio pegou os equipos para a escalada do cume da Pedra e as 14:05h partimos todos.

Quem conhece sabe, as trilhas do Itatiaia são verdadeiramente lindas, agradáveis de caminhar...Como o Edson diz: “A caminhada rende!” e eu tenho que concordar. É inevitável pararmos para fotos o tempo todo, mesmo já conhecendo o Parque de tantas visitas anteriores...

Sem muita demora chegamos na base da Pedra Assentada. Ao passar pelo Prateleiras vimos pelo menos umas 15 pessoas em seu cume, um a um rapelavam de lá. Continuamos nosso caminho e começamos o trepa-pedra da Pedra Assentada, o mais curto do parque. Chegamos Edson, eu e em seguida o Victor na frente da Pedra. Enquanto esperávamos o Tácio e a Paulinha Victor escutou o Tácio chamando e disse que desceria, não sabíamos o que tinha acontecido. Ele foi e logo em seguida o Edson desceu. Algumas andorinhas voavam sobre nossas cabeças e eu fiquei meio que hipnotizado com a brincadeira delas indo e voltando, me lembrando da visita que eu e Edson fizemos a monte Verde pouco tempo atrás. Na ocasião, centenas de andorinhas se exibiam em nossa frente no cume do Pico do Selado!

Acordei pra realidade e me dei conta de que já estava ali sozinho há pelo menos uns 15 minutos e ninguém subia para escalarmos a rocha de cume. Desci e fiquei sabendo que, por acidente (defeito do zíper da bolsa), a Paulinha deixou cair uma das máquinas do Tácio no meio das pedras da montanha! Quando o Tacio chamou o Victor, era pra que ele levasse os equipos e assim o Tácio tentaria um resgate da câmera, ou o que sobrara dela...risos.

Incrível, ao todo o Tácio desceu 17 metros dentro das cavernas formadas pelo acúmulo das enormes rochas da montanha, se espremeu feito cobra pelos buracos e encontrou a máquina, um pouco arranhada, protetor do lcd rachado mas só isso! Funcionando perfeitamente. Dá pra acreditar? 17 metros e ela estava 99% inteira!

A volta do Tácio foi um verdadeiro parto, a saída foi bem complicada mas ele conseguiu, e com um atraso de meia hora retomamos a atividade inicial, seguindo apressados para a escalada. Não queríamos descer o trepa-pedra a noite, seria imprudente.

Desescalamos a primeira parede (que leva a base da via) com pressa, nos equipamos todos e o Victor guiou a via. Facilmente chegou ao cume e fez a segurança pro Edson subir. E lá foi o Edson, também conseguindo vencer o lance de 5°sup pro cume facilmente! Logo em seguida fui eu e levei praticamente o mesmo tempo que na primeira vez, por último o Tácio subiu e, os quatro no cume, fizemos algumas fotos, assinamos o livro, babamos com o visual de lá, e começamos o rapel pra voltar e encerrar as atividades do dia. A Paulinha ainda estava um pouco traumatizada pelo acidente com a máquina e preferiu não escalar...rs, tornou-se a fotógrafa oficial da escalada!

Rapelamos, nem desequipamos, escalamos a pequena parede, e descemos apressados a montanha pois já começava a escurecer. O retorno foi acelerado, quando chegamos na trilha apressamos mais ainda o passo e senti pela primeira vez o joelho. Mas que inferno! Uma pontada bem forte, quase sentei no chão, mas segurei bem a dor e continuei andando.

Começamos a descida exatamente 17:05h e chegamos no Rebouças as 18:24h. Praticamente corremos na trilha, nem precisamos de lanterna porque quando escureceu (por volta de 18:00h) a lua começou a iluminar um pouco, e isso já foi suficiente pra caminharmos.

Voltamos até a portaria, o Tácio entregou a faixa e voltamos pro Alsene (argh!). Lá começou novamente a rotina de camping, montar barraca, tirar bota, arrumar o cafofo, cozinhar (eu e Edson comemos risoto com salada seleta e suco de limão, nossa...Precisávamos de uma refeição boa pra comemorar o sucesso duplo do dia!). Não sei ao certo, mas acredito que todos perderam a batalha com o sono lá pelas 20:00h ou 20:30h. Eu literalmente saí da tomada. Dormi pouquíssimo na noite anterior porque chegamos na madrugada no camping e eu e Edson subimos no Camelo pra pegar o nascer do sol, então, estava bem cansado e com dor no joelho...de novo.

Acordei uma da manhã louco pra urinar...Saí da barraca, resolvi o problema e voltei. Edson dormia bem e eu confesso que dormi muito bem também essa noite! Havíamos combinado de acordar as 05:00h pra subir a Pedra Furada e tentar um ângulo pra fotos do nascer do sol, mas quando o relógio despertou e o Edson me chamou, o sono continuava dominando a batalha risos...Raramente eu digo não, mas dessa vez não tinha como! O sono era tão forte que não resisti em dormir mais. Meio sonolento dei as dicas pro Edson de como chegar e ele foi sozinho pra lá deixando o camping as 05:25h.

Levantei pouco depois das sete. Bebi água, fui ao banheiro, comecei a arrumar as coisas pois o primeiro objetivo do dia era certo, Pedra Furada, porém depois dela nada estava definido. Arrumei a barraca, minha mochila e a do Edson. Tácio, Paulinha e Victor acordaram e logo depois do café arrumaram suas coisas também.

A hora avançou e quando era 08:30h decidimos seguir caminho até a montanha, assim encontraríamos o Edson descendo e continuaríamos todos com ele. Nos preparamos e era quase nove quando começaríamos a andar, então vimos o Edson chegando no Alsene. Batemos um rápido papo e Edson me contou que por causa do escuro (saiu na madrugada ainda) foi meio chatinho encontrar o caminho correto quando termina a estrada. Mas eu tenho grande parcela de culpa porque devido ao sono, não passei todas as informações a ele. Mas saiu tudo bem e ele se encontrou por lá, fazendo dezenas de fotos absurdas do nascer do sol...Pelo menos uma dúzia saiu de tirar o fôlego!

Começamos a subida as 09:05h, com calma, sem pressa, tínhamos o dia inteiro pela frente. Em somente uma hora chegamos ao cume da Pedra e pudemos comprovar o que me foi dito semanas antes: A vista da Pedra Furada é, sensacionalmente, a melhor vista do Parque Nacional do Itatiaia. Pelo menos essa é a minha opinião. Podíamos ver praticamente todas as principais montanhas do parque, dentre elas só não era visível o Prateleiras, porque tem altitude bem inferior ao Couto, ficando em linha reta exatamente atrás dele, estava bem escondido.

Não demoramos muito por lá, só uns quinze minutos, que foram suficientes para mais uma pancada de fotos. Eu e Edson descemos correndo pra que ele ficasse sobre a pedra do furo e eu fizesse algumas fotos pra ele. Rápido chegamos lá e nos separamos, eu fiquei na trilha bem afastado dele (uns 50 metros) e ele subiu a pedra. Fiz dez fotos em poses e enquadramentos diferentes, então todos nos alcançaram. Continuamos a descida e exatamente as 11:00h chegamos no Alsene.

Durante a descida tomamos a sábia e bem elaborada decisão de subir a montanha vizinha ao Alsene, já que do camping é possível ver 2 totens em seu cume, e acreditávamos ser o Morro do Massena. Por que não? Procuramos a trilha ao lado do camping e encontramos. Começamos a subir pouco antes de meio dia.

Incrível, montanha bonita, fácil, de altitude bem elevada para os padrões brasileiros (2.572 metros) e fácil. Só levamos 40 minutos para chegar ao cume e tirar fotos ao lado dos 2 totens enormes que lá estão. Tácio checou com o GPS e não era o Massena, mas mesmo assim foi uma subida agradável, fácil e muito gratificante!

Notamos que a montanha vizinha, que fica de frente pra portaria do parque, também tinha um totem. Tácio sugeriu “O que vocês acham da gente emburacar e atravessar esse vale até lá?”, todos topamos na mesma hora e começamos a descida pelas costas da montanha, perdendo a visão da estrada, do Alsene e do Camelo. A trilha é pouco batida o que demonstra que praticamente ninguém passa por ali, mas isso não é problema porque a vegetação é baixíssima, a orientação visual é possível a todo tempo.

Atravessamos o vale, demos a volta na montanha e quando começamos a subir, o GPS do Tácio confirmou que a montanha que estávamos subindo era o Morro do Massena! Que legal, outro cume visitado, já o terceiro do mesmo dia!

Chegamos no cume após 40 minutos, tempo da montanha vizinha até lá, e no meu suunto a altitude era de 2.600 metros cravados, no GPS do Tácio se não me engano marcou 2.607 metros. Confirmado, estávamos no cume do Morro do Massena! Mais algumas fotos ao lado do totem, finalmente fizemos uma todos juntos lá com a Serra Fina ao fundo, e a alegria foi geral (que final mais clichê he he he)!

Paulinha e Victor começaram a descida pela frente da montanha, sentido portaria do parque. Tacio, Edson e eu seguimos para o final do enorme campo de altitude poucos metros abaixo do cume do Massena, a intenção era fotografar o Agulhas de um ângulo que normalmente, poucas pessoas observam. Andamos cerca de 500 metros adiante e escolhemos o local para fotos. Que vista! Era possível ver o Maromba, a Pedra do Sino, a montanha sem nome que eu e Edson subimos ano passado, a Pedra do Altar, O Agulhas Negras e o Morro do Couto! Fizemos as fotos e rapidamente começamos a voltar.

Quando chegamos de volta ao cume do Massena não vimos mais a Paulinha e o Victor, já haviam descido a encosta da montanha. Procuramos por eles pelo mato e nada, até que o Tácio os viu na frente da portaria do parque. Então, descemos e em apenas dez minutos nos juntamos a eles.

Todos reunidos, começamos a descer para o Alsene, cortamos caminho pela trilha e já saímos na reta final da estrada. Ali, entramos no descampado na base esquerda do Camelo e subimos a montanha observando as vias de escalada, trocando idéias e fazendo mais fotos.

No cume do Camelo, sexta montanha do final de semana a 2.410 metros, mais algumas fotos foram tiradas e então descemos pela outra ponta da rocha, indo direto pro carro.

Era exatamente 15:00h quando entramos todos no carro e começamos a vir embora. É sempre triste pra mim deixar a montanha, em especial o Itatiaia. Em um curto espaço de tempo estive lá várias vezes, e me identifiquei muito com o lugar. Ir ao PNI me traz paz interior, realizações, memórias “inapagáveis” certamente mais palpáveis do que muitas que vivenciei durante minha vida pessoal.

Logo depois que saímos o Tácio entrou em um charco com o carro só pra dar uma emoção no retorno he he he. Engraçado, foi fazer isso, entrar em uma trilha, e vimos a farofada. Um grupo inteiro com carro estacionado no meio do mato, fazendo churrasco e fumando maconha. Que absurdo...Eu gostaria de ver como reagiriam drogados se o fogo saísse do controle e começasse uma desgraça ambiental ali...tsc tsc tsc...

O problema de muitas pessoas é achar que montanha e maconha estão intimamente ligadas, mas na verdade não passam de palavras com algumas vogais e consoantes em lugares parecidos. Enfim, não vou me alongar muito neste assunto...

De volta a estrada, paramos na garganta do registro para apreciação de um milho cozido, e compra de quitutes diversos. Comprei um novo pote da minha apreciadíssima pimenta de bico, e um pote de doce de leite com chocolate pra lili. Todo mundo comeu alguma coisa, comprou alguma coisa, e seguimos viagem.

Antes mesmo de irmos eu havia comentado com o Edson sobre alguns paredões alucinantes que podem ser vistos desta estrada que desce sentido Engenheiro Passos. Desta vez, com o tempo limpo, todos puderam ver do que eu falava. Mais ainda, um pouco mais abaixo na estrada nos deparamos com uma visão ainda melhor que eu não pude observar na ocasião anterior por conta de condições climáticas: O Morro do Couto e o Prateleiras vistos da estrada! Visão completamente inversa a que se tem andando pela estrada do parque rumo ao Abrigo Rebouças, e andando pela trilha do Prateleiras.

Nossa, muito lindos vistos da estrada! Encontramos alguns lugares estratégicos para bater mais fotos e lá se vão mais cliques em todas as máquinas. Fizemos isso várias vezes e enquanto durou a luz do sol no retorno a São Paulo.

Paramos em um caído de estrada para comer, que churrasco safado ahahahahahah, o cara só trazia borracha! Mas, como todo mundo estava esfomeado, era melhor aquilo a R$ 13,90 do que um miojão no fogareiro. Devoramos a comida e caímos novamente na estrada.

Por fim, Tácio deixou o Victor em casa primeiro, depois me deixou lá em casa com o Edson, e seguiu caminho pra sua casa. Eu e Edson tratamos de fazer backup das fotos um para o outro de nossas máquinas, nos despedimos e cada um seguiu seu rumo.

Mais uma vez, tudo correu extremamente bem e, melhor do que o esperado visto que os objetivos eram a Asa de Hermes, A Pedra Assentada e a Pedra Furada somente. Conseguimos mais dois cumes, Massena e a outra montanha, que descobri ser o Massena Noroeste, e ainda demos uma passeada pelo Camelo.

Parabéns a todos nós, e que da próxima vez sejam sete montanhas! Kkkkk

Fotos (fora de ordem, não deu tempo nem pra organizar!):



Edson pirando nas fotos no cume do Massena Noroeste



Eu no cume do Massena Foto: Edson Vandeira



Eu no cume do Massena Noroeste Foto: Edson Vandeira



Edson e eu no cume da Pedra Furada Foto: Victor Carvalho



A galera no cume da Pedra Furada



Edson rapelando da Pedra Assentada



Eu rapelando da Pedra Assentada Foto: Edson Vandeira



Eu e Tácio no cume da Pedra Assentada Foto: Edson Vandeira



Eu na Asa de Hermes, finalmente! Foto: Edson Vandeira



Eu e Edson de frente pra Asa de Hermes Foto: Victor Carvalho



Eu durante o nascer do sol no cume do Camelo, ao fundo o Massena Noroeste. Foto: Edson Vandeira



Edson durante o nascer do sol no cume do Camelo, ao fundo o Massena Noroeste.




Edson e eu no cume do Camelo já no final do nascer do sol. Momentos diferentes, cores diferentes! Foto em 10".