domingo, 31 de outubro de 2010

Mágica em casa!


Recentemente vendi meu pc para jogos, com a grana comprei um note (de novo na minha vida volto pros notes, deve ser meu 15° modelo ao longo de dez anos de paixão por eles) e ainda sobrou um trocado.

Antes de irmos pra Europa a Lili comprou um net pra ela (branquinho que se vê na foto), o meu novo é esse preto em primeiro plano com a minha foto do Mont Blanc em P&B que tirei no dia que fui pro cume com um avião cruzando o céu, e ao fundo o desktop da lili.

Estávamos configurando a nossa rede caseira em wi-fi! Mágica em casa, ê coisa boa...Agora dá pra acessar a net até cortando o rabo do macaco ahahahahah

:)

sábado, 30 de outubro de 2010

Equipo à venda - GPS

Dez dias atrás anunciei venda de alguns ítens, agora só sobrou o GPS, o resto foi vendido.
Ninguém? Quem dá mais? :P

GPS Garmin Etrex Vista. R$ 300,00 + frete. Aparelho, capa de couro com alça, cabo de dados, manual impresso e encadernado (em português).

Fotos:






Interessados escrever para: parofes@gmail.com

Abraços!

Parofes

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Teste de produtos parte 4: Meias Lorpen

Este é o quarto post de uma série de atualizações que farei sobre alguns produtos que, assim como alguns colegas e amigos, estou fazendo pra PROATIVA.

Neste post, a meia de trekking LORPEN.

Também não foi o primeiro contato que tive com a meia. Mais uma coincidência. Estávamos parados no vale do Aiuruoca, Pedro Hauck e eu, conversando, quando comentei com ele que usava meias que ganhei no Concurso de fotografia da Bivak (aproveito pra deixar um grande abraço pros caras!), eis o papo:

Parofes: "Estou com umas meias novas que ganhei no concurso da foto cara, meias Torpen, muito confortáveis bicho!

Pedro: "torpen? Não conheço essa, conheço meias Lorpen!"

Mostro o pé pro Pedro...

Pedro: "Po cara, é Lorpen também a sua!" (risos)

Pois bem, eu nem tinha notado direito o nome da meia...O fato é que assim que recolhi os prêmios lá na loja com o Luiz, cheguei em casa e a noite falei com a Lili "olha essa meia que delícia, muito confortável, nem dá vontade de tirar do pé!".

Ela riu um bocado porquê nos 4 dias seguintes eu acordava e ia dormir com a meia... :P

É sério, a meia é super confortável. Já usei em casa e fazendo caminhada longa no Itatiaia (no último feriadão caminhei no total 44 kms usando a meia) e o único problema que eu tive de dor no pé ainda é a recuperação do meu dedão, a unha necrosou por causa da escalada no Mont Blanc, França, meses atrás. Ainda não está nem 70% bom!

Uma outra observação que preciso fazer: Ano passado comprei 2 pares de meia na TATOO na Bolivia antes de fazer algumas escaladas. Nossa, eram confortáveis, mas me davam tanto, mas tanto chulé que desisti. No começo desse ano me desfiz delas no Chile após a escalada do Vulcão San Pedro, que me custou 4 dias absolutamente sozinho no atacama e na montanha.

Já usei as meias em mais de uma oportunidade e gostei, também não fiquei com o indesejável odor fétido nos pisantes. Os pés dos montanhistas são talvez a parte mais importante do corpo, por isso merecem um trato fino, apropriado.

Uma observação extra: Sempre, SEMPRE fiz minhas caminhadas em altitude usando 2 pares de meia como medida preventiva pra ferimentos nos pés. Com essa meia voltei pra apenas 1 par. É mais que suficiente. Isso se deve ao fato de a meia possuir uma especial "zona de sola acolchoada", que garante um toque especial de conforto e proteção aos pés do caminhante.

Estas meias são de ótima qualidade e conforto. Testadas, aprovadas e recomendadas.

Fotos do produto:


A embalagem da meia



Olha ela aí!



Como diria Jorge Soto: "Tô adorando" ahahahahah



Especificações técnicas


Abraços a todos

Parofes

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Teste de produtos parte 3: Copo colapsável Sea to Summit

Este é o terceiro post de uma série de atualizações que farei sobre alguns produtos que, assim como alguns colegas e amigos, estou fazendo pra PROATIVA.

Neste post, o copo colapsável SEA TO SUMMIT.

Que negócio bacana! Até recebe-lo em casa não fazia idéia do que esperar. Imaginei alguma coisa nada a ver, descartável e bio degradável. Mas nada, é ítem obrigatório em mochila mesmo!

Abro a caixa e confiro os ítens, vejo este "troço" verdão que mais parecia um porta copo ao invés de um copo. Manuseando o trem, notei que era maleável, daí empurrei o centro e a mágica se fez, um copo para 250ml de líquido! "Que bagulho doido!" pensei. Adorei de cara, a tecnologia é um barato e na verdade o princípio do projeto é tão simples que assusta.

Bom, testei conforme 4 pontos de vista que poderiam desabonar o produto ou não:

1° - Tamanho: Putz, é claro que já estava pré-aprovado já que não ocupa o tamanho de um copo normal, é tão compacto que cabe até no bolso do meu fleece. Mega aprovado.


O copo compactado



O copo pronto para uso. Que diferença hein!


2° - Agradável ou não de usar?: Sim. Já peguei copos pra usar nas minhas viagens que não gostei. Se era metal ficava muito frio com a temperatura ou conteúdo. Por outro lado ficava quente demais pra beber um chá. Ou simplesmente não tem aquele diferencial. Esse copinho é legal até de segurar, e a pegada nas mãos impossibilita até de ele escorregar já que ao ser DEScompactado forma degraus que servem pra encaixar os dedos. Aprovado!


Coca-cola no copinho.


3° - Líquido quente: Fervi água para fazer um chá e usei o copo com a água fervente pra ver se repassava muito da temperatura pra mão ou se o material amolecia, o que é normal acontecer com produtos emborrachados ou plásticos com líquido muito quente. Continuou normal com a mesma textura e não passou praticamente nada de calor pra mão. Aprovado!


Enchendo o copo com água fervendo.


4° - Frio: Queria saber o resultado da exposição do copinho ao frio. Deixei dentro do congelador da geladeira por várias horas, a uma temperatura aproximada de -20°C. A textura não mudou, descompactar o copo não ficou difícil, nenhuma alteração. E a propaganda diz que ele aguenta até -40°C! Super aprovado!


Detalhe da base do copinho.



O copinho congelado e funcionando perfeitamente.


A utilidade do copinho é vasta. Apesar de ser adaptado pra uso em aventuras, é claro, se você quiser usar em casa, use! Como vem com marcações internas serve até pra calcular a quantidade usada pra algum medicamento ou cozimento de alimento, aquecimento de água pra liofilizado, etc...

Logicamente, este tem lugar mais que difinitivo na minha mochila, não sai mais! De tudo que testei e estou testando, é o ítem que mais me agradou!

Abraços a todos

Parofes

sábado, 23 de outubro de 2010

Teste de produtos parte 2: Repositor SUUM

Este é o segundo post de uma série de atualizações que farei sobre alguns produtos que, assim como alguns colegas e amigos, estou fazendo pra PROATIVA.

Neste post, o repositor energético SUUM.

A chamada é hidratação balanceada, "bebida hidroelétrica portátil". Bem, a idéia é em um recipiente com 500ml de água deixar uma pastilha efervecer e depois consumir. O problema é que eu acho complicado pra mim avaliar a funcionalidade do repositor sem ter conhecimento técnico sobre hidratação por eletrólitos.

Porém, posso deixar algumas observações, que não deixam de ser uma avaliação, a grosso modo é claro:

1) - Colocando 400ml de água ao invés de 500ml de água o sabor fica mais intenso e mais agradável!
2) - O ideal é, depois de efervecido, sacodir antes de consumir pois algum resíduo da pastilha se acumula no fundo, normal para produtos efervecentes. Mesmo antes dos últimos goles, mais uma sacudida final!
3) - Assim como comida que citei no post anterior, putz beber só água nas caminhadas/ escaladas depois de um determinado momento é um porre, tem que ter um diferencial. O SUMM pode perfeitamente ser este diferencial.
4) - O preço pode melhorar um pouco, ainda acho muito caro!

No geral, aprovado. É muito gostoso, sabor lima limão!


A embalagem



O começo da mágica da efervecência. Desde moleque gosto disso, bebia sonrisal até sem precisar...risos



Lúdico!



Quase pronto pra consumo


É isso aí, abraços a todos!

Parofes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Teste de produtos parte 1: Barrinhas Bio Brasil

Este é o primeiro post de uma série de atualizações que farei sobre alguns produtos que, assim como alguns colegas e amigos, estou fazendo pra PROATIVA.

Para começar, as barrinhas da Bio Brasil.

Você já comeu alguma coisa que quando terminou você pensou assim: "Putz, por que acabou?!". Foi a sensação que eu tive após comer a primeira das 4 barrinhas que recebi pra avaliar.

Montanhista sabe que após um determinado momento, é normal enjoarmos dos nossos lanches de trilha de aproximação, da comida que levamos pra cozinhar. Enjoamos até da água e jogamos o velho suco em pó (seja lá qual for a marca) mesmo sabendo que são prejudiciais ao estômago, principalmente para que sofre de gastrite (quase todo mundo hehehe). Na verdade isto é pra mim uma verdadeira busca ao Eldourado, quero sempre inovar mantendo assim o psicológico nas montanhas feliz e sorridente, cheio de dentes. Então, essa barrinha veio pra ficar!

Deliciosa, me lembrou muito bananadas meio amargas que comia quando criança na frente do colégio que estudava. Nostalgia do cacete viu! Pior é que depois que recebi em casa reconheci a embalagem e lembrei que já havia comido! Provei um pedaço de uma que estava com o Pedro durante nossa última visita ao Itatiaia e já tinha gostado muito.

Não sou vegetariano, pelo contrário, sou extremamente carnívoro. Mas além de ser deliciosa, a barrinha é totalmente produzida com produtos orgânicos com certificação, e tem o selo Vegan! Como o Davi colocou no seu site, uma ótima opção para vegetarianos e vegans.


As barrinhas



Putz, já acabou!!! :/



Detalhe das certificações e do selo vegan


Minha humilde opinião: Não compro mais qualquer barra para minhas indiadas. Vou procurar estas e leva-las comigo. Provavelmente daqui ha vários meses ou um ano eu enjoe, mas não é por má qualidade do produto, é só a busca inacabável por renovar o cardápio nas montanhas! :)

Extremamente recomendado!

Abraços a todos

Parofes

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Equipos à venda

Estou vendendo alguns ítens de meus equipos que não utilizo, aproveito o blog como meio de divulgação. Lá vai:

GPS Garmin Etrex Vista. R$ 300,00 + frete. Aparelho, capa de couro com alça, cabo de dados, manual impresso e encadernado (em português).Fotos:






Sapatilha Snake Resilience, tamanho 43BR. Utilizada 3 vezes em ginásio e duas vezes na rocha, só isso. R$ 100,00 + frete. Fotos:







Cadeirinha clássica Conquista Montanhismo + saco de magnésio conquista + pote de magnésio + mosquetão com trava. Usada 3 vezes em ginásio, 2 vezes em alta montanha e 2 vezes na rocha. Tudo por R$ 110,00 + frete. Fotos:





Interessados escrever para: parofes@gmail.com

Abraços!

Parofes

sábado, 16 de outubro de 2010

Continuando a exploração do PNI - parte final - Perrengue no Agulhas Negras

Caminhamos praticamente correndo pro Agulhas. Levando em consideração que as caminhadas dos dias anteriores já tinham mais que aquecido as pernas, deu pra nós três avançarmos muito, muito rápido pela trilha até o Agulhas. Mesmo bastante cansado e com o pé direito doendo, ainda da recuperação da minha unha do dedão que necrosou por causa do Mont Blanc, coloquei pra dentro dois analgésicos e simbora...

Em apenas 15 minutos chegamos ao córrego Agulhas Negras e em 29 minutos estávamos já acima das primeiras rampas do Agulhas na base da via Bira. Começamos o trepa pedra e logo chegamos ao primeiro ponto de corda, onde um P era visível pouco acima. Um problema, Pedro e Tácio estavam de sapata, eu não, estava de bota! Obviamente não teria aderência pra fazer a escalada que era pura aderência. A nossa esquerda havia outro grampo sugerindo uma escalada em uma chaminé mais simples, então lá foi o Tácio guiando o lance, depois fui eu, depois o Pedro. Tranquilo e fácil.

Até esse momento checávamos após cada progresso no croqui encadernado do Tácio se estávamos corretos, e tínhamos confiança plena do caminho certo, afinal de contas, fomos seguindo os grampos e o caminho basicamente óbvio.

Agora, analisando com mais calma, cheguei a conclusão de que fomos muito “sangue nos óio” em querer começar a escalada após o almoço. Era óbvio que não chegaríamos com luz do sol, era óbvio que por mais que fossemos rápidos, ainda na decida das rampas já estaríamos usando lanternas. Este, penso eu, foi o nosso maior erro. A falta de bom senso em saber dizer “NÃO, chega, fico aqui no abrigo e curto o final da noite com o bate-papo e um chá quente”. Apertamos o botão do foda-se e fomos, como o Júlio costuma dizer, “onde a criança chora e a mãe não escuta”. Por isso, pagamos o preço que, cá entre nós, e meus parceiros na aventura certamente concordarão comigo, foi BARATO.

Sempre margeando a parede negativa enorme e óbvia do Agulhas, com tom amarelado, seguimos subindo rapidamente e com divertimento garantido, a francesa (escalando os três simultaneamente encordados sem paradas). O entrosamento foi bom e a falta da sapatilha pra mim não fez muita diferença já que a maioria era chaminé, então, progredimos bem. No final da parede invertida, seguindo reto pra cima, estávamos fora da via e não notamos a princípio.

Como nem tudo são rosas, no final desse paredão a via tende pra esquerda, seguindo os Ps acabamos errando a via e seguindo reto e pra cima. Já suspeitávamos estar errados pois não batiam mais os pontos com o croqui. Após mais uma chaminé longa de uns 12 ou 13 metros em diagonal, o que dá mais trabalho, chegamos definitivamente à conclusão de que estávamos errados, que infelizmente havíamos saído da Bira. Okay, ninguém ali era marinheiro de primeira viagem então sem exitar por um segundo sequer seguimos pra cima, para o alto e avante! Ainda a francesa, tentando ir o mais rápido possível, mesmo eu estando visivelmente cansado pois dos três, eu era o que havia caminhado mais pois andei quase 9 kms a mais pra chegar ao Urubu e pelo menos mais 6 kms naquela mesma manhã para passar frio no Couto. Estava cansado. Não é vergonha admitir.

Dei o máximo de mim para não nos atrasar mais. Sempre que eu chegava a uma parada confortável respirava, Pedro me incentivava mandando tocar pra frente e eu me esforcei ao máximo, seguíamos.

Em determinado momento, logo após essa longa chaminé em diagonal, chegamos a um matinho com inclinação a nossa direita de cerca de 40°, a nosa esquerda mais canaletas de aderência, perguntei pro Tácio a altitude e ele me disse 2.746 metros (lembro perfeitamente), depois disso ele me disse que estávamos a pelo menos 120 metros em linha reta do Itatiaiaçú. Naquele momento, guardei pra mim, mas havia chegado à constatação empírica: Estavamos não só errados, mas muito errados. Até aí tudo bem, sendo os três experientes e os dois infinitamente mais experientes do que eu, sabia e tinha confiança nos meus parceiros de que chegaríamos lá, mesmo que um pouco mais tarde, já contando com alguns perdidos pra encontrar o caminho adequado e mais seguro. A esse ponto era 16:30h.

Ali, o Pedro guiou uma enfiada longa de uma canaleta sem proteção de cerca de 30 ou 35 metros, bem longa em aderência. Em seguida fui eu e por último o Tácio. Lá, chegamos a uma região típica de cume do Agulhas, somente topos de rochas pouco acima de nós, alguma florestinha reduzida, um verdadeiro labirinto exuberante de rochas. Atravessamos o pequeno passo, também buscando um caminho acessível. Ali, o Pedro chegou primeiro a uma curta canaleta de uns 4 metros, chegando ao que parecia um cume. Disse: “Cara, tem um livro de cume aqui!”. Falando meio que aliviado.

Tácio subiu já preocupado e eu já sabia, não estávamos no Itatiaiaçú. Olhei este cume de frente 3 vezes antes disso, não se parecia NADA. Tenho memória fotográfica para locais e mais tarde comprovei isso pros meus amigos. Tácio chegou lá, o Pedro pegou o livro e mostrou pro Tácio e disse: “Onde a gente tá cara?” (ou algo similar), o Tácio sem olhar pro Pedro pegou o livro e disse (EXATAMENTE isso): “Fudeu!”. Completou segundos depois: “Estamos no cume do Pontão Sul! O Itatiaiaçú é 100 metros adiante! Que merda!”.


Video do Tácio: No col entre o Pontão Sul e o Itatiaiaçu


Juro, por dentro eu ri, baixei a cabeça e ri. Esperava por isso. Calma, sem pânico, não paramos pra pensar, como já era 17:30h começamos freneticamente a buscar um caminho pro colo que ligava o Pontão Sul ao Itatiaiaçú. Fizemos pelo menos 7 ou 8 descidas exploratórias buscando um caminho, sempre abismo. Tácio aproveitou a boa iluminação pra fotografar o Maromba, Leão, Leoa e Gorila, enquanto eu me divertia montando a cavalo uma rocha, Pedro fotografou. Depois fiz o mesmo com o Tácio. Pra vocês entenderem, tínhamos agora certeza absoluta que estávamos perdidos mas mesmo assim ainda mantivemos a pose e a esportiva, fazendo fotos e buscando uma solução juntos sem pirar na batatinha.

Foi frustrante. Depois de meia hora ou 40 minutos buscando, o Tácio me disse o que eu já pensava: “Acho que devemos buscar agora um caminho pra descer”. Eu completei dizendo “Concordo, acho que chegou o momento de sabermos perder e voltar”. Só tem um problema, fizemos uma via de comprometimento, não tínhamos corda suficiente pra rapelar! Era encontrar o caminho, ou encontrar o caminho! Opção 2: Bivacar ali mesmo e arriscar uma hipotermia, no mínimo passar bastante frio.

Custou, mas depois de uns 40 minutos, fizemos a última tentativa descendo uma canaleta pro lado oposto do Agulhas, chegando a uma subflorestinha mais abaixo cerca de 7 ou 8 metros. Ali, havia uma passagem fácil pro colo e a rocha enorme cheia de copinhos esculpidos (como o cume do Sino) que ficava praticamente de frente pra Quietude, via de escalada do Itatiaiaçú. Estávamos perto, muito perto. Cerca de 20 metros em linha reta. Mas que cacete, não encontrávamos o caminho pra chegar lá! Muito, muito frustrante!!!

Aí começamos a ficar aborrecidos, os sorrisos acabaram, não fazíamos mais brincadeira, a diversão virou trabalho, a água vinho. Dê-me meis dúzia de ovos e eu faço um omelete, mas preciso do fogo!

Nos separamos, eu buscando caminho por um lado, Pedro por outro, de repente o Tácio gritou firme que havia encontrado uma passagem! Ufa, eu estava mais próximo e avancei, cheguei lá e segui o Tácio. Pedro veio em seguida e chegamos lá. Era exatamente 18:35h quando chegamos na base da Quietude, já usando lanternas de cabeça.

Já de lanternas ligadas, no escuro, o Pedro guiou a Quietude, eu fui de segundo de bota (consegui escalar 80% do caminho mas sem aderência pro lance final, Batman!), Tácio por último. Enquanto o Tácio subia eu assinei o livro por nós três colocando blogs e sites, o mesmo que fizeram no Pontão Sul. Imediatamente rapelamos até o colo entre o Itatiaiaçú e o Cruzeiro. Lá, o Pedro já bem cansado e estressado escalou a chaminé pro cume, montando uma corda fixa pra eu e Tácio subirmos no punho mesmo.

Estávamos exaustos, mas aliviados por chegar ao Cruzeiro, ali era minha casa, conheço aquele cume muito bem. Fizemos um rápido lanche, um vídeo de cume já com o humor voltando, um frio danado, e começamos a descer. Era 18:50h mais ou menos.


Video do Tácio: No cume do Agulhas Negras, a noite


adê que encontrávamos o caminho? É impressionante, neste dia parece que o Agulhas resolveu nos pregar uma peça por nossa petulância de achar que é fácil demais, resolveu nos dar uma lição. Agora mandou uma neblina forte, nossa visibilidade mesmo de lanterna se limitou a poucos metros, assim, ficou muito difícil encontrar o caminho. Parece mentira, mas perdemos mais uns 45 minutos nisso.

Pronto, o humor foi pro lixo de novo, o cansaço pegou de novo, o frio pegou mais. Eu fiquei puto da vida. Descrevi com detalhes a rota de descida até a caverninha pro Pedro e pro Tácio, como disse, tenho memória fotográfica pra isso, mas não encontrava o lugar! Mas que cacete! Voltamos pro cume, recomeçamos. Aos poucos fui descendo pela direita em um caminho que achei pisado, tácio concordava comigo mas o Pedro não, normal já que não passava ali fazia 7 anos.

Desci, olhei, olhei, iluminei, pedi pro Tácio descer e me ajudar a iluminar. Falei “putz, tenho 80% de certeza de que é aqui, espera!”. Desci e encontrei o lugar exatamente como descrevi, uma rampa inclinada que desce pra esquerda, um grampo P, virada a direita e um pequeno platô à frente que tem visão pros dois lados do parque, entre ele e essa rampa em que estávamos uma pequena rocha encaixada e abaixo dela a caverninha onde começa a descida da Pontão. Quando chegamos ali vi, reconheci, e já respirei aliviado, feliz.

O psicológico melhorou, o perrengue morreu, Tácio ainda achava que era do outro lado porquê ele faz outra variante para descer e provavelmente pra ele o que ele pensava era o caminho certo, mas aquele eu conhecia e conhecia bem. Entrei na caverninha e foi até engraçado, pois ele ainda não acreditava que era ali, Pedro não lembrava por isso acreditou na minha palavra e veio, ainda brinquei dizendo “Tácio, estou descendo, se quiser fica aí” kkkkkkkk...

Mesmo eu dizendo que tinha já certeza, descendo rapidamente o trepa pedra inconfundível dali, o Tácio ainda tinha dúvidas, pelo mesmo motivo, não é a rota que ele faz. Repeti e agora dizendo meu apelido: “Cara vem, confia no Parofes!” ahahahahaha, foi bom porquê quebrou o gelo e acho que eles vieram com mais segurança. Foi bom, pois quebrou o gelo pra mim também e não significa ser melhor ou não, pra mim, foi tão bom ouvir o Tácio sorrindo quanto foi pra ele ouvir minha segurança, tenho certeza. Ali ninguém é melhor que ninguém, não queríamos passar a noite na montanha e não iríamos, nem pensar.

A essa hora, já era cerca de 20:00h. Descemos já tranquilizados, batendo papo e problematizando sobre nossos erros e acertos, e concluímos que mesmo em uma situação de perigo real, um perrengue sério, não entramos em pânico em nenhum momento, não abandonamos as tentativas, não desistimos, não pedimos por socorro, buscamos a solução para problema em grupo e ainda fizemos um vídeo comédia. Não existe hoje nenhuma outra pessoa em quem eu confiaria minha vida como confiei ao Pedro e ao Tácio, o companheirismo foi evidente. Situações como esta que lapidam o montanhista e mostram a nossa verdadeira cara. No final das contas, o amor à montanha vence e a harmonia entre nós e elas é palpável.


Video do Tácio: Dúvida na descida noturna do Agulhas Negras


Descemos facilmente até que encontrei o último trecho de rapel e dali foi um abraço, passamos por todas as rampas sempre alternando na trilha entre a via NORMAL e a via PONTÃO, e no trecho final, na trilha da BIRA. É incrível como no escuro a beleza do Agulhas vira um verdadeiro labirinto. Sem problemas chegamos ao córrego e lá seguimos a trilha até encontrar com o Davi e Rafael saindo ao nosso encontro a cerca de 250 metros do Abrigo. Chegamos lá às 21:20h.

Todos já estavam preocupados, mas aliviados ao nos verem bem e sorridentes. Apesar dos pesares, fizemos o começo da Bira, saimos na vertente para a Chaminé dos Estudantes, fizemos 3 dos 5 cumes do Agulhas e voltamos sozinhos, aos trancos e barrancos, mas chegamos. Contamos pra todo mundo o perrengue, mesmo exauridos fisicamente e psicologicamente, e uma menção honrosa deve ser feita: Nosso companheiro Dom Miranda se encarregou de fazer um jantar de prima pra nós, usando a própria comida. Dom, já te agradecemos lá na hora mas aproveito a oportunidade pra deixar de novo o nosso agradecimento. SIM, FALO POR NÓS TRÊS.

Puta merda, que aventura...

Fomos dormir, na manhã seguinte foi só arrumar as tralhas e voltar, sem trânsito nem nada. Porra, tinha que ter um alívio certo?

Fotos:


Dentes do Agulhas



Tácio em uma chaminé



Pedro no trepa pedra da Bira



Tácio guiando uma enfiada



Tácio em outra chaminé/ canaleta



Tácio guiando de novo



Tá me vendo ali? Chaminé dos estudantes. Foto: Tácio Philip



Chaminé dos estudantes de novo. Foto: Tácio Philip



Pedro e eu na chaminé dos estudantes. Foto: Tácio Philip



Pedro guiando a canaleta longa sem proteções, quase no cume do Pontão Sul



Tácio de cavalinho na região do cume do Pontão Sul



Panorâmica altarzinho e Agulhas desde a represa.



Alguém sabe o nome? Tinha uns 3 cms. Dentro do Abrigo Rebouças.



Toda a galera reunida na foto de despedida. Esquerda pra direita: Elias, Rafael, Cintya Marski, Davi Marski, Tácio Philip, Paula Neiva, Dom Miranda (atrás), Patrick Godoy (frente), Flávio (de pé), Pedro e eu.


Espero que tenham gostado do relato, procurei ser o mais detalhista possível. Um ou outro horário pode variar ou alguma descrição minha do início da rota. Indico aqui a leitura também do relato do Pedro e do Tácio:

Veja outras fotos e a versão do relato do Tácio Philip: Tácio Philip
Veja outras fotos e a versão do relato do Pedro Hauck: Pedro Hauck

Abraços!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Continuando a exploração do PNI - parte 2

Acordamos e logo começamos a comer, nos preparando para o que pensavamos que seria uma piramba da braba. Depois do café nos informamos com os locais onde começava a trilha e não demorou muito, um senhor nos levou no início da trilha. Começamos a andar depois de agradecer, sob um sol meio escondido meio aberto, e calor.

A trilha era, para nossa surpresa, bem aberta. Bastante erodida de início, lembrando muito a trilha da Pedra Furada de Itatiaia e em alguns momentos até mesmo a avenida do Pico da Bandeira no Caparaó. O calor começou a pegar logo depois, e o suor pingava. O calor começava a aumentar e a luz solar aquecendo o solo fazia com que as gotículas de água da serração evaporassem diante de nossos olhos, deixando o solo com um clima de filme de mortos vivos de Romero!

Em pouco tempo chegamos a uma bifurcação e um provável chiqueiro, onde passa um córrego que mais se limita a um filete de água certamente imprópria pro consumo. Pegamos a trilha da esquerda. Subimos facilmente evoluindo o caminho sem qualquer problema.

Depois de algum tempo saimos da floresta chegando a crista de todo o maciço florestado da Serra Negra, agora com vegetação mais rasteira e pouquíssimas árvores. Ali estávamos de frente para uma formação rochosa que, vista de baixo, parecia um falso cume da Serra Negra e, até então, acreditávamos ser o que os locais chamavam de Pedra Preta, estávamos enganados.

Procurando um caminho, saímos da trilha a direita em linha reta para a face rochosa. Não encontramos uma trilha visível e resolvemos escalar a rocha. Já na entrada dela era um crux, que o Pedro disse ser um quinto grau. Nos alertou que era bem exposto mas mesmo assim peitamos a convidativa parede. Pedro subiu fácil e em seguida foi o Dom, e depois fui eu em terceiro lugar, demorei um pouco até encontrar uma pisada mais confiante pra poder me virar (normal pra alguém como eu que não pratica escalada em rocha), mas assim que encontrei foi fácil, achei uma pegada de mão cheia e ali foi o que me faltava pra subir. Enquanto o Dom subia o agora fácil terceiro grau praticamente só em aderência, eu recolhia os bastões do Tácio e Paulinha, que viriam em seguida. Deixei ali mesmo (acabei dando trabalho pro Tácio hehehe) e segui pra cima apressado querendo ver o visual.

Três ou quatro minutos depois Tácio e Paulinha nos encontraram no topo desta formação e juntos caminhamos um pouco no topo, onde por sinal há alguns pontos perfeitos para barraca, pelo menos três, fizemos fotos e em seguida começamos a descer seguindo para o Serra Negra, já bem perto!


O vídeo mais popular do momento, Montanhista Caipira!


Na descida chegamos a um bosque mais que agradável, úmido, praticamente sem vegetação no solo e coberto pela copa das árvores que impede a entrada da luz do sol. Ali passeamos sempre seguindo o rastro de trilha e os montes de bosta de vaca. Que curioso, proibem a trilha com a desculpa da recuperação do solo e da natureza impedindo ou restringindo a entrada de montanhistas, mas deixam gado passear livre erodindo mais a trilha com seu peso absurdamente superior ao de um ser humano, cagando pra todo lado e se alimentando da vegetação. Que recuperação o solo terá assim? Na descida da trilha no dia anterior passamos por três vacas fazendo a travessia. Tsc tsc tsc...

Avançando facilmente, chegamos a um curto campo de altitude saindo do bosque e ali estava ele, a alguns metros, o rochoso cume do Pico da Serra Negra, montanha de mais de 2.500 metros muito longínqua do Parque Nacional do Itatiaia. Minutos depois caminhávamos pelos lajeados de rocha seguindo totens em direção a escalaminhada final, depois disso um cume bem bonito e um enorme totem que guardava em suas entranhas um livro de cume do Pico da Serra Negra de 2.572 metros (medição do anuário do IBGE), a medição do Tácio no GPS deu 2.591 metros e a minha medição deu 2.581 metros.


No cume do Serra Negra


Bisbilhotamos obviamente, vimos a abertura do livro pelo CEB se não me engano em 2001, várias assinaturas mas de montanhistas mesmo, nenhuma. Só então percebemos que o pico só recebe mesmo visitação de turistas ou campistas que por ventura passam um final de semana no bairro da Serra Negra, acabam contratando um guia e fazem a trilha até o cume. Havia texto até em japonês! É triste perceber que o montanhismo passa batido sem atentar para esta bela montanha, e que o turismo chega lá facilmente sem ter que lidar com as proibições irritantes do parque.

Fizemos nossas fotos de cume, vídeos, mas infelizmente não tivemos visual. Muitas nuvens fecharam a paisagem que possivelmente deve ser uma das três melhores do parque inteiro, senão a melhor. Assim sendo não fazia sentido demorar muito lá. Começamos a descer pelo mesmo caminho que fizemos na subida.

Passamos de novo pelo falso cume, “Pedra Pequena”, e de lá decidimos entrar em outra trilha, mais direta, para descer. Resolvemos não subir por ela (opção à direita no chiqueiro durante a subida) pois o Tácio tinha no track log como “trilha ruim”. Mas, já que trilha ruim é nosso nome do meio, entramos assim mesmo. Na verdade a trilha não é ruim, só é menos aberta e óbvia como a que pegamos na subida, sendo fácil pra montanhistas. Rolaram uns dois ou três perdidos mas que rapidamente foram resolvidos e continuamos a descer rápido, bem rápido. Em pouco tempo a trilha se abriu e logo virou outra avenida também passando por bosques muito bonitos além de floridos!

Onde chegamos? Naquela mesma bifurcação do filete de água e do chiqueiro. Ali Pedro, eu e o Dom sentamos e esperamos pelo Tácio e Paulinha que viam minutos atrás. Seguimos todos juntos piramba abaixo até chegar na cerca da trilha que define a propriedade da casa onde as barracas estavam montadas. Dar a volta na trilha de mais de 500 metros de trilha? Que nada! Pulamos a cerca e descemos o barranco ali mesmo, saindo direto no jardim onde estavam as barracas.

Aliviados e felizes, comemoramos por encontrar um caminho tão fácil pro cume que julgávamos ser a picada mais problemática que pegaríamos no feriadão, foi incrivelmente fácil. Cada um preparou seu almoço enquanto o Pedro se enfiou na barraca tendo crise de abstinência de café, ainda durante a descida ponderamos sobre começar a voltar ou não naquela tarde ainda ou negociar um transporte. Não era mais tão cedo e mesmo que começassemos imediatamente, não faríamos nem metade do caminho de volta tendo que acampar em algum lugar e seguindo na manhã seguinte, perderíamos um dia a mais.

Conversando com a Vanessa, chegamos a um acordo de transporte até a portaria do parque por R$ 150,00 pra todos nós 5. Nada mal para dezenas de quilômetros de estrada que nos economizariam pelo menos 14 kms de retorno a pé. Ficamos então na espera do namorado dela chegar e nos pegar. A noite caiu e nada da figura chegar, mas na hora que a Vanessa decidiu ir atrás do rapaz ele chegou de moto, logo carregamos tudo na uno dele e seguimos de carro, só a Paulinha foi de moto com a vanessa logo atrás.

Faríamos esse retorno com certeza na próxima manhã, pegamos a carona por dois motivos, primeiro por pura preguiça, segundo pra ganhar um dia de outras atividades no parque! Chegamos na portaria 21:00h e as 21:20h estávamos no abrigo, onde reencontramos todos e agora também o Flávio e o Elias, que tinham chegado no dia anterior, enquanto fazíamos nossa aproximação pro Serra Negra.

Contamos nossa aventura pro pessoal, jantamos e fomos logo dormir, mas antes, combinei com o Flávio de acordar as quatro da manhã pra ir fotografar no Morro do Couto, mais uma caminhadinha pra não relaxar demais hehehe

Fui acordado às 03:50h pelo Flávio, que me confirmou céu estrelado! Levantei na mesma hora, me vesti, peguei a mochila e às 04:10h eu, Flávio e Elias saímos do abrigo na escuridão total indo pro Couto, do lado de fora d abrigo fazia 5°C e ventava pouco.

Caminhamos com pressa já que logo logo o sol iria nascer e o Flávio já havia planejado suas fotos, assim ficamos com calor mas isso faz parte. Chegamos na crista do Couto às 05:15h, pouco mais de uma hora depois de começar a andar, e assim que paramos o frio pegou. Ventava muito, o céu agora estava bastante nublado e a sensação era certamente de temperatura negativa, já que a real era de só 3°C. Fazia muito frio, mas ficamos ali firme e forte esperando uma janela entre as nuvens pra fazer uma foto boa. Não demos muita sorte, batemos foi queixo mesmo, mas alguma aqui e outra ali rolou. Não ficamos insatisfeitos, pelo contrário, seguindo uma idéia do Flávio nos divertimos fazendo foto do Parofito escalando uma canaleta!


Eu, Elias e flávio passando frio no Couto.


Ainda insistimos permanecendo lá mesmo meia hora depois do sol nascer, com certeza de que não haveria janela boa mesmo, desistimos e descemos. Chegamos de volta ao abrigo às 07:20h e todos ainda estavam dormindo, mas obviamente acordaram com nossa movimentação na chegada, em minutos todos estavam de pé conversando e planejando o dia.

Foi um prazer sair pra fotografar com o Flávio que é profissional assim como o Tácio, além da companhia, no local que o Flávio escolheu pra ficar eu tinha uma vista parcial e bem próxima da misteriosa Serrilha dos Cristais, lugar que nem o pessoal que trabalha lá conhece! Grande abraço Flávio!

Confome as horas passaram o tempo começou a melhorar devagar, muitas nuvens mas nenhuma chance de chuva, que bom! O pessoal chegou a conclusão de que sairiam pra escalar rocha em algum lugar no parque, resolvi sair e acompanhar pra fazer umas fotos a mais. A trupe seguiu toda pra estrada no parque sentido trilha do Prateleiras, mas ficamos na estrada mesmo. Flávio, eu, Cintia e Elias ficamos observando e fotografando enquanto todo o resto escalava as vias da parede. Ali deu pra fazer algumas fotos bem legais!

Davi com o ombro zuado no painkiller pra aguentar a dor, Dom com papo de advogado dando desculpas (rsrs), Rafael começando por uma via pauleira pra aquecer (quem pode pode), Tácio, Pedro e Patrick mandando ver na parede deixando-a colorida. A Paulinha foi caminhar pelo Morro do Couto mesmo com o tempo meio duvidoso. Nesse meio tempo, turistas passavam pra lá e pra cá de vez em quando parando e olhando curiosos a sessão de escalada que mais parecia um campo escola.

Depois de fazer fotos suficientes do pessoal escalando, desci sozinho a trilha pra cachoeira pra continuar com as fotos, fiz mais algumas por ali, sentei por alguns minutos e desfrutei de um momento sozinho pensando na vida e na liberdade que tinha ali, naquele momento. Pena que dura pouco...

Depois que as lagartixas terminaram as vias (4 naquela parede) resolvemos voltar pro abrigo, eu não tinha planos, na verdade pensava em almoçar e ficar bundiando por lá fazendo mais fotos, tinha a intenção de buscar mais aranhas. Mas não foi bem isso que rolou, quando cheguei lá comecei a preparar meu macarrão e o Pedro decidiu com o Tácio em cima da hora de fazer a via “Bira” do Agulhas, e me convidou. Aceitei é claro. Pegamos alguns equipos emprestados com o Davi, e as 13:20h deixamos o abrigo para uma aventura sem precedentes para nós três dentro do parque, mas isso eu conto na terceira e última parte do relato. A manhã anterior foi memorável, esta noite se tornaria inesquecível pra nós três!


Fotos:


Começo da caminhada com essa visão alpina brasileira! Asa de Hermes e Agulhas Negras!



A trupe na base da Asa de Hermes



Aranha que fez companhia pra mim e pro Pedro no Vale do Aiuruoca enquanto Tácio, Paulinha e Dom subiam o Cristal. Linda não? Tinha uns 3 cms.



Oh, que meigo ahahahahahah



Dom não teve problema em encontrar uma parceira pra dança



Barraca do Dom a noite



Pedro, qual era o nome mesmo? kkkk



Oh que meigo parte 2 ahahahahaha



Lajeados de rocha antes do cume do Serra Negra



Aranha bem pequena no cume do Serra Negra, não tinha nem 2 cms!



ProtestO cOntra as medidas prOibitivas e tOdOs que apOiam isso. MOntanhismO é mais que issO! Nós no cume do Serra Negra



Oh que meigo parte 3 kkkkkkkkkkkk



Não posso reclamar da minha sony H20, olha que massa essa mariposa!



E a mesma mariposa, agora usando o flash pra realçar detalhes da parede



Manhã gelada no Couto. Na extremidade esquerda da panorâmica o cume do Couto, na extremidade direita a Serrilha dos Cristais



Parofito na "chaminé dos anões". Isso é que é confiança: Carrega corda mas não usa, não tira a mochila das costas e escala com bastões nas patas ahahahaha



Ninguém segura esta figura!



E pronto, foto de cume!



Pedro escalando na estrada



Tácio escalando na estrada


Continua na parte 3...