quarta-feira, 4 de abril de 2012

"Tentei 5 vezes, me deixaram na 6ª"

Dezembro de 2011, festa de final de ano no Blue Tree Towers Morumbi, onde Lili trabalha. Ela me liga no final da festa e me diz: "Amor, ganhamos uma viagem pra Porto Alegre com passagem e hotel pago!". Foi assim que começou nossa rápida viagem até lá.

Programamos tudo a tempo, agendamos com a Bea tudo e só esperamos a data chegar. Aeroporto de Congonhas, check-in rápido, despachamos a mochila e fomos pegar nosso vôo que foi tranquilo até o Salgado Filho em POA.

Lá já fomos recepcionados pela Bea que foi nos buscar. Na ída pro hotel fizemos nosso check-in e deixamos as mochilas, voltamos pro carro e fomos comer um churrasquinho. Se atrasássemos mais meia hora ficaríamos com fome, estava começando a fechar. Sorte! Voltamos pro hotel e deitamos já quase uma da manhã, dia longo...

Na manhã seguinte a Bea veio nos buscar com uma surpresa, Miriam Chaudon estava lá pra nos conhecer também. Que legal...Assim se formou o quarteto do passeio do sábado dia 31 de março. Já acordei com uma dorzinha no dedão do pé. "Não deve ser grande coisa" pensei, coloquei a bota e saímos.

A idéia desse dia era de passear nos principais pontos turísticos da cidade e depois fazer um passeio de barco no Guaíba, terminando o dia com queijo e vinho no palácio da Bea, mas graças a um encontro inesperado com uma amiga da Bea na rua na noite anterior, decidimos quase que de imediato ir até Gramado, assim a Lili marcaria mais um gol conhecendo a cidade e eu recordaria a minha visita de 16 anos passados.

Pegamos a estrada, no caminho, papo vai e papo vem, a Bea me solta a pérola "Gente olha tenho que avisar, não sou uma motorista muito experiente, tenho só 3 anos de habilitação", e completou - "Tentei cinco vezes até que me deixaram na sexta!". kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...Motivo de boas risadas no carro...

Enfim, piadas à parte e gozações mil, continuamos nosso trajeto passando por Taquara e chegando a Três Coroas, pequena cidade a 72 kms em linha reta a nordeste de Porto Alegre. Cidade que fica a 50 metros de altitude. Lá nem paramos, continuamos rumo a estrada de terra que leva ao Templo Budista Khadro Ling, que fica a 500 metros de altitude.

Um lugar realmente bonito. Nunca havia observado um templo budista autêntico antes. Construído por artesãos asiáticos que vieram aqui trabalhar em sua construção, o templo é de fato muito semelhante aos templos nativos do extremo oriente. A Bea que visitou diversos nos disse que é exatamente a mesma coisa. O capricho pode ser observado nos mínimos detalhes, tudo limpo, natureza respeitada, cores vivas e chamativas graças ao sol brilhando forte naquela manhã.


Parte do complexo, não parece Brasil!




Gastamos mais ou menos uma hora visitando o templo e fotografando. Deu pra curtir bastante. Dali descemos a estradinha e no meio do caminho entramos para outra cidade, São Francisco de Paula, onde almoçamos em uma churrascaria típica gaúcha e com direito a música gaúcha tradicional no violão e acordeon. Os caras eram realmente bons e as músicas muito engraçadas! Fomos embora porque chegou um determinado momento em que só nós ocupávamos uma mesa, hora de partir.

Seguimos pela estrada que corta um enorme campo de altitude muito bonito rumo a Canela, outra cidade pitoresca e muito turística do Rio Grande do Sul, distante 84 kms em linha reta da capital e a 835 metros de altitude.



A idéia lá era visitar a famosa cachoeira do caracol, uma queda d'água belíssima de 131 metros de altura (segundo informações do wikipedia), onde da metade pra baixo a rocha recua formando um teto impressionante, que provavelmente recua cerca de 20 metros! Pra chegar até a base da cachoeira não foi fácil, precisamos descer centenas de degraus até lá. A esta hora, meu dedo já me matava de dor e eu não andava direito, ficava mancando. Mesmo sabendo que não seria uma boa idéia, resolvi descer pra não perder a oportunidade fotográfica. Até descer doía e tive que apoiar sempre o peso na perna esquerda.


Panorâmica vertical composta por cinco fotos da cachoeira, que incrível não?!




Conforme fiz esforço pra descer, pra subir a coisa só piorou. O dedão doía muito e eu continuei tendo que apoiar todo o peso do corpo na perna esquerda, péssima idéia...Quando cheguei ao topo estava muito dolorido...Não sabia que o lance iria piorar mais e mais.

Como cortei a unha do pé uma semana antes, penser ser unha encravada. Nunca tive isso antes e não sei realmente como é, sei como acontece mas nunca vi de perto. Continuei mancando.

Saímos de lá e seguimos viagem suados até o destino final, Gramado, distante em linha reta 80 kms da capital, a 820 metros de altitude.

Chegamos debaixo de muito trânsito. A cidade estava tão lotada que andar era complicado, muita gente prestigiando a decoração de páscoa de lá que realmente estava muito bonita. Não lembrei muito de minha visita, a cidade deve ter mudado muito em quase vinte anos então a memória não serviu de nada mesmo.



Assim que chegamos fomos na pracinha que estava rodeada de ovos gigantes e coelhos andando pra lá e pra cá, entramos em uma lojinha de chocolates e ali eu pedi arrego, deixei o grupo e fui até a farmácia comprar analgésico pra aguentar andar! A dor estava terrível. Tomei dois de uma vez e em meia hora eu conseguia pisar no chão de novo.

Passeamos, procuramos onde comer por quase uma hora mas tudo era absurdamente caro...Até que encontramos uma pequena lancheteria que tinha poucos porém deliciosos pratos pra servir a um preço muito bom, R$ 13,90! Jantamos bem e pagamos pouco.

Hora de voltar. Já era noite, por volta de 20:30h quando pegamos a estrada voltando, chegando no hotel já às 22:40h. O dia foi longo, dolorido, porém muito proveitoso! Combinamos de nos ver por volta das 09:30h da manhã pro último dia no sul. Depois do ótimo café da manhã do hotel Bea e Miriam nos pegaram no hotel de novo e fomos passear pelo Parque da Redenção, onde vimos coisas engraçadas e tristes.




Esse cara era muito comédia!!!


É mesmo triste ver índios urbanizados. Muito índio Guarani vendendo artesanato nas ruelas do parque, triste...

Ao mesmo tempo, vi um bocado de artista de rua e disso eu gosto muito! Nos divertimos ao som de uma banda de blues/ jazz local na praça mesmo, um "estátua" e um "multi-músico" que tocava violão, assobiava com uma folha de árvore na boca, e ao mesmo tempo tocava pandeiro com o pé, que figuraça...Ah, ele também imitava um galo no meio da música! ahahahah...Nota: O parque me lembrou muito o parque guell de Barcelona, onde há vários artistas de rua também.

Voltamos pra casa da Bea onde almoçamos e ficamos conversando por algumas horas. Eu, no analgésico e com muita dor assim mesmo...Que desespero! Miriam adormeceu na rede, ficamos conversando eu, Lili e Bea. Na verdade falamos muito foi de montanha daí fica meio perdido o assunto pra Lili...rs

Quando a hora triste veio, Bea nos deixou no aeroporto e pegamos nosso vôo de retorno. A volta foi a parte mais dolorida, não podia amarrar a bota e sequer vesti-la apropriadamente, a meia já suja só piorava a situação e viemos embora pra São Paulo, eu com a mesma cara de sofrido durante os 80 minutos do vôo, e Lili preocupada comigo. Só quem já sofreu com isso sabe a dor que é...

Enfim, saindo do Aeroporto deixei a Lili no hotel onde estão fazendo treinamento e voltei pra casa no mesmo táxi.

A viagem foi ótima e mesmo com tanta dor, aproveitamos bastante! Foi bom pisar em solo gaúcho mais uma vez depois de tanto tempo por três motivos: Eu relembrando do lugar, Lili conhecendo esta parte do Brasil que não conhecia, e conhecendo pessoalmente a Bea e a Miriam, duas pessoas especiais.

Deixo aqui algumas lembranças fotográficas e alguns vídeos para apreciação!


Primeira foto do dia, já no templo.



Nós no comlpexo do templo, atrás bandeiras de oração ao vento.



O vento carrega as orações mundo afora. Gostei dessa textura!



Bea e Miriam clicando a mesma textura!



A edificação mais bonita de todo complexo. Parece um pedaço da Ásia no Brasil.



Bea e Miriam fazendo pose.



Alguém sabe o nome?



Portulaca grandiflora. Uma flor dentro de uma flor, que legal!



Lago São Bernardo - São Francisco de Paula - RS



Gangue reunida.



Reflexo.



Três coelhinhas em Canela - RS



Escadarias para a Cachoeira do Caracol - 1



Escadarias para a Cachoeira do Caracol - 2



Escadarias para a Cachoeira do Caracol - chegamos lá



Pequena índia Guarani, trabalho infantil na frente da igreja de Canela - RS



Gramado a noite.



Gramado a noite 2 - Lili!



Gramado a noite 3.



Diliça!



Pequeno índio Guarani no Parque da Redenção, Porto Alegre. Muito triste ver os índios urbanizados e achando que precisam de dinheiro pra viver...Este acompanhava a mãe que vendia artesanato.


É isso aí! Bea e Miriam, obrigado pela enorme receptividade, e incomparável suporte que nos deram...Vontade de ficar mais tempo aí! Grande beijo.

Abrazos a todos

Parofes

3 comentários:

Miriam Chaudon disse...

Paulo, nosso tour de findi foi muito bom mesmo! E deu vontade de seguir viajando por este Rio Grande do Sul para conhecer novos lugares e apreciar novas paisagens.Foi muito bom conhecer você e a Lili.espero que possam ainda vir aqui me visitar para eu fazer as honras da casa e apresentar um pouco da fronteira e do Uruguai pela fronteira norte desse pequeno porém belo país.
Adorei sua postagen! Lindas fotos e os videos são mesmo um ótimo recurso para relembrar. Nossa isto já não é comentário! É uma carta!!! Hahahahaha!!! Beijos prá vocês dois!

Paulo Roberto - Parofes disse...

Assim que der pulamos aí pra outro findi como este! :)
bjãooo

Beatriz disse...

pena q não deu pra gente fazer alguma boa indiada!!