segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bratislava - Eslováquia

Saímos de Praga com gostinho de quero mais, porém a viagem tinha de continuar. Quatro horas de ônibus e lá pelas 21h descemos no meio de um estacionamento, que é a rodoviária de Viena. Ninguém pra dar uma informação, sequer um guichê de venda de passagens, nada, literalmente é um estacionamento.

Saímos, pegamos o metrô e fomos em direção ao albergue que reservamos ainda em Praga (A&O Hostel - dormitório para 4 pessoas - 19euros cada). Foi fácil chegar lá, linha reta na mesma linha de metrô. Chegamos, fizemos o check in, como já estávamos cansados nos limitamos a tomar um banho e dormir.

Acordamos cedo, pegamos as mochilas de ataque e máquinas e fomos pro nosso objetivo principal: Eslováquia! É engraçado, mas muita gente faz isso, vai a Viena só pra conhecer o país vizinho já que é bem próximo.

Depois de tentar informação como doidos e constatar que austríacos não são tão legais quanto alemães, desistimos de ir de trem e pegamos um ônibus mesmo, custou 33 euros ída e volta cada um, pra uma viagem curta de pouco menos de uma hora e meia até a Bratislava, cidade em que se passou a trama do filme "O Albergue".

Chegamos, saímos da rodoviária e como de costume, a pé seguimos pro centro histórico, onde chegamos em meia hora, passando antes por um cemitério bem bonito e uma pracinha mais que agradável.


Um túmulo diferente...



A pracinha, que lugar ótimo pra relaxar...


Chegando ao centro histórico, o cenário da Eslováquia desenvolvida muda pra outra coisa. Ruas antigas, limpas, vitrinas brilhantes e todos "na moda". Fomos andando pra chegar ao nosso principal objetivo, o Castelo da Bratislava.


Andando pelas ruas do centro histórico.



Ponte sobre o Rio Danúbio.


Depois de andar um pouco e suarmos pra chegar no castelo, fazia 35°C, um calor danado, mas valeu muito a pena. Bem, o castelo está sendo restaurado e um lado inteiro está completamente inacessível, mas o lado aberto a visitação está completamente restaurado. Vale muito a pena ver!


Escultura na subida do castelo, ao fundo uma das torres fortificadas.



Outra escultura, esta na entrada do castelo.



Panorâmica de duas torres da faixada do castelo.



Detalhe escultura e bandeira nacional da Eslováquia.


O castelo da Bratislava foi erguido originalmente no século X com outro nome e a História que o cerca é bem complexa. Foi fortificado dois séculos mais tarde. Durante 250 anos foi a capital da Hungria.

Em 1.805, no decorrer das Guerras Napoleonicas, depois do triunfo na batalha de Austerlitz, Napoleão obrigou o imperador austríaco Francisco II a assinar o Tratado de Presburgo, definindo que Veneza passava a domínio francês. O Congresso de Viena (cujo objetivo era redesenhar o mapa europeu), em 1.815, deixava a cidade dentro do Império Austríaco. Em 1.867 a Bratislava junto ao resto de Eslováquia faria parte do Reino de Hungria, dentro do Império Austrohúngaro até 1.918.

Com a criação de Tchecoslovaquia em 1.919, ao termo da I Guerra Mundial, passou a chamar-se Bratislava e converteu-se na capital da província de Eslováquia. A cidade, junto com as restantes cidades da Tchecoslovaquia, foram suprimidas em Janeiro de 1.949, pelo que a cidade passou a ser unicamente a capital da recentemente criada região da Bratislava.

Eliminada também esta região em 1960, o 1 de Janeiro de 1.993 converteu-se na capital da independente República de Eslováquia.

É uma complicação só, tudo que se pode pensar é que aquele povo é super indeciso sobre o quer dar vida. Mas a História não mente e infelizmente guerras moldam o mundo a seus olhos.

Castelo visitado, tínhamos que começar a voltar pra não perder nosso ônibus de volta a Áustria! Passamos novamente no Centro Histórico e ainda tiramos foto com o famoso "Cumil, o operário", estátua de um bombeiro saindo de um bueiro. Muito legal!


Artista de rua imitando o Cumil.



Lili e o Cumil, o operário.


Lili não quis tirar foto com este abaixo, acontece que eu achei a estátua bonita e tirei a foto, trata-se de Schöne Nazi, a simpática figura que saúda as pessoas, teria realmente vivido na cidade no início do século 20. Era um doente mental que se vestia sempre com trajes velhos mas elegantes, e fazia questão de cumprimentar a todos. Seu gesto foi a inspiração para a estátua.


Eu e Schöne Nazi!


Havia mais 2 estátuas escondidas pelo centro histórico, mas corremos pra rodoviária e voltamos pra Viena, assunto do próximo post.

Aguardem!

2 comentários:

Beatriz disse...

pois eu encontrei 3 austríacos durante o trekking da laguna chiat khorta ao refúgio huayana potosi que não foram lá muito receptivos. eles, os europeus, são bem diferentes de nós, não achas? claro, falo isso dum modo geral.
se tu reiniciou a escrever é pq já estás melhor né?

Anônimo disse...

amooor, vamos voltar? :P
então, schöne Nazi, que eu saiba é um nazista bonito. huhu será?

beijos, te amo Lili